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Direito de Resposta

Caro John Cutrim, ao tempo que expressamos nossa admiração por esse conceituado blog, vimos com o devido respeito solicitar a divulgação dos reais fatos acerca da matéria “Médico ameaça ir a Policia para salvar vida de paciente”, de responsabilidade do médico José Ribamar Dourado de Oliveira, postado no seu blog no dia 7 de novembro de 2011. Reveja a matéria aqui.

O que realmente aconteceu, foi que após a direção do Hospital Regional Carlos Macieira ser cientificada da presença da referida paciente vinda da cidade de Fortuna, para fins de realização de parto cesariano, de imediato, autorizou a cirurgia, e em nenhum momento, apresentou qualquer objeção para atendimento daquela paciente (tendo a sua acompanhante/genitora), prestado declaração por escrito neste sentido e elogiado o atendimento do hospital.

Sendo que a única determinação apresentada pela Direção do Hospital é que a cirurgia fosse realizada pelo médico ginecologista/obstetra e do quadro do hospital, o médico estatutário Dr. Luís Fernando Lisboa Loureiro e do anestesista Dr.Airton Jamerson do Nascimento e assim procedeu por força regimental.

É de conhecimento público, que, mesmo que outro médico acompanhe o encaminhamento de um paciente de um hospital para outro, os seus cuidados e competência restringem-se ao percurso de deslocamento. Dando entrada o paciente naquele hospital as responsabilidades e competência passa para os médicos dos quadros daquela instituição médica.

Senão, bastaria que o cidadão fosse médico para adentrar em qualquer hospital público e resolvesse realizar as cirurgias que entendesse pertinente. Ora seria muito poder para um profissional! Qual o embasamento legal para tanta pretensão? E, nos casos de insucesso/infortúnios quem responderia pelas consequências, o médico e/ou a direção dos hospitais?

Constata-se em simples contato com o Hospital Seabra de Carvalho, de Tuntum, que aquele hospital anteriormente ao aludido episodio e até o presente momento detém toda a necessária capacidade técnica para realizar um parto cesariano, realidade essa, confirmada pela Diretora Daiana em conversa comigo pelo telefone. O que prova que o médico Ribamar Dourado faltou mais uma vez com a verdade, pois ele diz que só conduziu a paciente para Colinas depois de constatar a impossibilidade de realizar o procedimento em Tuntum, sede da regional a qual Fortuna está vinculada.

“Corroborando com as declarações da sua acompanhante/genitora, o laudo obstétrico e exame ultra-sonográfico, todos disponíveis, constatam que a gestação da paciente encontrava-se com 40 semanas e três dias, por tanto, sendo passível de aguardar o parto até por +/- duas semanas, já que não havia qualquer perda de líquido amniótico.

Restando tudo devidamente comprovado, mediante o laudo APGAR que constata que a criança nasceu em perfeita condições, não sendo submetido a qualquer sofrimento.

Em suma, a paciente levada pelo médico Ribamar Dourado, sequer estava a exigir o procedimento de parto cesariano, não apresentava quadro clinico grave, muito menos corria qualquer risco de vida.

Mas, o episodio em si, não se trata de um simples capricho de um profissional que deseja proceder pessoalmente uma cirurgia para uma filha de uma amiga, na realidade suas mesquinhas razões têm fundamentações mais aberrantes, ou seja, o bolso.

Quando o médico diz que o episodio em questão tem origem política por ser adversário do meu esposo, o ex-deputado José Eider, esse falseia a verdade, posto que, sua última contratação pelo Hospital Regional Carlos Macieira deu-se sob a direção da Dra. Maria Paula Meneses de Oliveira, prima legítima do meu esposo.

Na realidade, sua arrogante insatisfação decorre do fato da atual direção ter lhe comunicado que em reunião de diretorias de hospitais regionais, fora observado pela Secretaria Estadual de Saúde, que vários hospitais (incluindo o Regional Carlos Macieira face a presença do médico Ribamar Dourado), estariam mantendo irregularmente profissionais com acumulo de mais de dois cargos públicos, ferindo o disposto no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, da constituição Federal de 1998.

E, por conseguinte ferindo a Portaria Ministerial SAS/MS 134/2011, sendo repassada pela Secretaria Estadual de Saúde, a Consulta Estabelecimento – Módulo Ambulatorial, acusando o descumprimento do art. 5.º da aludida Portaria Ministerial, e, as Consultas Profissionais que apontam o médico Ribamar Dourado acumulando remunerações e cargos públicos em vários municípios maranhenses.

Ilegalmente, o médico Ribamar Dourado acumula cargos públicos regionais nos seguintes municípios:

1- Colinas (Centro de saúde Dr. Osano Brandão – médico Clínico, Hospital Municipal Nossa Senhora da Consolação-médico Cirurgião geral.

2- Jatobá (Centro de Saúde Bento Antonio da Silva – médico em radiologia e diagnóstico por imagem.

3- Fortuna (Unidade Mista Antonio Mendes Jardim- médico Ginecologista e Obstetra; médico Anestesiologista; médico Pediatra; médico Clínico, UBS Josué Marques(PSF).

Razão pela qual a Secretaria Estadual de Saúde, determinou que os hospitais regionais notificassem os médicos em situação irregular para que em trinta dias fizessem suas opções de lotação para fins da devida regularização funcional.

Face à citada determinação, a direção do Hospital Regional Carlos Macieira, noticiou ao aludido médico do prazo estipulado pela Secretaria Estadual para que os profissionais saneassem tal irregularidade.

Sendo que, a atual direção do Hospital Regional Carlos Macieira, ainda fez contato com o médico Ribamar Dourado, no sentido de informar que tão logo o mesmo regularizasse sua situação o hospital teria todo o prazer em tê-lo novamente em seus quadros.

Mas, infelizmente, o aludido médico preferiu acreditar que foi a atual direção do hospital que o afastou de seus quadros e passa a nutrir um mesquinho sentimento de revolta para com a família do ex-deputado José Eider. Chegando ao lamentável nível de procurar criar tristes episódios como este em comento, na intenção de maculara a imagem de pessoas sérias.

Os fatos aqui narrados ao contrário das meras falácias do médico Ribamar Dourado, encontram-se documentados na secretaria do Hospital Regional Carlos Macieira, em relação ao episodio da paciente cirurgiada, e, em um simples acesso do site http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Profissional.asp, em relação ao irregular acumulo de remuneração e cargos públicos.

Enfim, o médico Ribamar Dourado deveria demonstrar o seu tom de indignação, era para parar de lesar a sociedade maranhense, pois o mesmo jamais teria condições humanas de cumular tanta carga horária para cadastrar-se em tantos cargos públicos.

Atenciosamente

Joelma Alves da Silva
Diretora Geral/Hospital Regional Dr. Carlos Macieira (Colinas)

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