Dino reclama de críticas sobre segurança pública: “Injustos ataques”
O ministro da Justiça, Flávio Dino (foto), se manifestou sobre as críticas feitas contra a atuação do governo Lula no combate à criminalidade: “É injusto e não é construtivo”.
O ministro afirmou que o debate sobre segurança pública “exige prudência, seriedade e responsabilidade”.
Dino e o governo federal têm sido criticados em razão da escalada da violência na Bahia. O estado, governado há 17 anos pelo PT, registrou quase 70 mortes em operações policiais apenas em setembro.
Para o ministro, os “injustos ataques políticos e extremismos mobilizam ‘torcidas’, mas não resolvem problemas”.
“Tenho a maior atenção com sugestões dos que se declaram especialistas em Segurança Pública. Confio tanto neles que temos dezenas de especialistas na nossa equipe no Ministério da Justiça. Gente que estuda o tema ou é profissional da área há décadas”, afirmou.
Flávio Dino listou uma série de medidas que sua pasta está tomando para diminuir a criminalidade no país, como redução de armas em circulação e punição de maus policiais.
O ministro afirmou que debate sobre segurança pública exige responsabilidade e classificou como injustos ataques políticos e extremistas. E afirmou ter maior atenção com sugestões “dos que se declaram especialistas” na área, que utiliza desses profissionais no ministério mas fez suas ponderações.
Para o ministro, a ideia de “federalizar” a segurança pública é absurda.
“Claro que não concordamos com teses que nos parecem absurdas, a exemplo da que busca federalizar toda a segurança pública em um país do tamanho do Brasil. Ademais, seria inconstitucional. Segundo tais especialistas, o governo federal pode ultrapassar suas competências constitucionais e impor políticas aos governadores, embora ninguém diga como isso funcionaria”, afirmou Dino, que defende um “diálogo federativo”. O ministro afirmou que já visitou 21 estados, que fecharam parcerias com o governo, e distribuiu equipamentos e liberou recursos.
Segundo ele, outra “tese estranha” é a de culpar as polícias pelos avanços das organizações criminosas as últimas décadas. Hoje, é o que ocorre na Bahia, estado governado pelo PT há dezesseis anos.
“É injusto e não é construtivo. Como fazer segurança pública sem as polícias? Ou contra as polícias? No atual momento, com o rumo certo que temos adotado, o desafio demanda pés no chão, serenidade e tempo”.
Nas medidas bem-sucedidas que listou de sua gestão, Flávio Dino inseriu o combate aos crime ligados ao Estado Democrático de Direito, como os ataques do 8 de janeiro, o desmonte de garimpos ilegais e a redução do armamentismo desenfreado, ações ilegais ligados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro citou ainda o fim do mau uso da Polícia Federal para “espetáculos ou perseguições”, punição aos maus policiais e o recorde de operações integradas com estados, ações integradas no combate ao crime organizado.
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