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Dino diz que não pensa em deixar o Ministério da Justiça e não comentará mais possível indicação ao STF: ‘Em respeito a Lula’

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira, 2, que não pensa em sair da pasta e não está em “campanha para rigorosamente nada”. Cotado para assumir vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), ele disse que adotou uma postura de “absoluto silêncio” sobre o assunto pelo respeito que tem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável pela indicação do nome para a cadeira na Corte.

“Silêncio absoluto sobre Supremo Tribunal Federal, e esse silêncio é coerente sobre o que está na minha cabeça. Eu afirmo que aos senhores que, em 14 horas que fico aqui dentro desse ministério todos os dias, o tema que não trato e não penso é sair daqui”, disse Dino, durante a assinatura da portaria que cria o programa de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc).

“Desde o início dessas especulações [sobre uma possível indicação ao STF], eu aguardei uma postura de absoluto silêncio em relação a essa temática. Entre elas, pelo absoluto respeito que tenho pelo presidente Lula. E esse silêncio é coerente sobre o que está na minha cabeça”, afirmou Dino.

Entre as razões para não discutir o tema, segundo o ministro, estão a confiança e o respeito que tem pelo presidente. “O tempo é dele, a escolha é dele, o critério é dele. Seja quem for o escolhido ou a escolhida, eu estarei lá no Supremo, não sei em qual condição, mas estarei lá assistindo a posse.”

O anúncio contrasta com a postura que Dino vinha adotando até aqui ao ser questionado sobre o tema. Na semana passada, por exemplo, ele falou sobre o fato de ser cotado à vaga no STF. Em entrevista ao jornal O Globo, no último sábado 30, o atual ministro do governo Lula (PT) disse que, se fosse indicado para a Corte, não voltaria à política.

Críticas sobre a segurança
Dino também rebateu as críticas que tem recebido sobre a atuação na segurança pública. “Por que essa crítica destrutiva? Estão preocupados com a eleição? Eu só disputo em 2030, com a graça de nosso senhor Jesus Cristo”, afirmou o ex-governador do Maranhão.

Em 2022, ele foi eleito para o Senado, com 2.125.811 votos (62,41% dos votos válidos) e está licenciado para comandar o ministério no governo Lula.

Nas últimas semanas, o governo federal tem sido alvo de críticas devido à atuação na área da segurança pública. As queixas aumentaram sobretudo após a crise na Bahia, que já registra mais de 60 mortos durante operações policiais. O Estado está sob comando do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que sucedeu o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Na semana passada, uma pesquisa do Instituto Atlas mostrou que a segurança pública é a área temática do governo com pior avaliação pelos eleitores.

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