Dino confirma saída de Cappelli e fala sobre seu futuro: “qual é esse lugar, acho que só ele sabe”
Ainda no cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino confirmou nessa terça-feira (23) que o seu número dois no ministério, Ricardo Cappelli, não continuará na pasta. Segundo Dino, com a chegada de Ricardo Lewandowski ao comando do ministério, Cappelli deverá, em breve, estar trabalhando em outro lugar.
“Eu tenho certeza que o secretário Cappelli, em breve, estará trabalhando em outo lugar. Agora, qual é esse lugar, acho que só ele sabe. Mas certamente a presença dele aqui no Ministério da Justiça está concluída”, disse.
Dino elogiou o secretário-executivo e negou que Cappelli tenha ganho protagonismo por ter feito “campanha” para que fosse o novo ministro.
O ministro participou nessa terça-feira de uma reunião com Lewandowski para dar início à transição. Toda a equipe participou do encontro, menos Cappelli, que oficialmente está de férias.
Lewandowski toma posse no dia 1º de fevereiro e já escolheu como secretário-executivo o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi seu assessor no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após o encontro, Dino disse que não fez nenhuma indicação sobre quem deveria ficar na equipe e disse que Lewandowski também não lhe pediu recomendações. “Ele é uma pessoa que tem experiência, que conhece muita gente”, afirmou.
Quando já estava de férias, Cappelli foi convidado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), para assumir um cargo na gestão municipal. A função não foi revelada, mas o secretário-executivo confirmou o convite. “No momento estou pensando nas minhas férias, na volta farei a transição [com a gestão de Ricardo Lewandowski] e definirei o meu futuro”, disse Cappelli na ocasião.
Quem deve ficar
Na reunião, Dino afirmou que cada secretário apresentou um panorama da área. Entre os temas tratados, estão a regulação das plataformas digitais e a crise de fornecimento de energia que tem atingido alguns Estados. O caso está sob a alçada do Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), cujo titular, Wadih Damous, deve permanecer no cargo.
Dino toma posse como ministro do STF em 22 de fevereiro. Ele disse que gostaria de ter ficado mais alguns meses à frente da pasta para dar continuidade à implementação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e de projetos como o uso de câmeras corporais por policiais. (Valor Econômico)
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