Dino aciona PF para apurar fake news de que Lula travou doações no RS
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou, nesta segunda-feira (11/9), que acionou a Polícia Federal para investigar a pessoa que espalhou a fake news de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travou doações de alimentos em Lajeado, um dos municípios do Rio Grande do Sul afetado pela passagem do ciclone extratropical.
Dino reforçou que a PF vai adotar todas as providências previstas em lei durante as investigações: “Reitero que fake news é crime, não é ‘piada’ ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias”.
Circula na internet um vídeo onde uma mulher, que se identifica como Samara, diz que foi até Lajeado trabalhar como voluntária e ajudar no recolhimento de doações, mas que os alimentos não estavam sendo liberados “porque tem que aguardar o presidente Lula”.
Veja pontos oficiais de doação no Sul para vítimas de ciclone
Ainda segundo Samara, Lula iria se promover “em cima das doações” nas redes sociais. Esse vídeo foi amplamente divulgado pela rede de bolsonaristas.
“Pessoas sem escrúpulos”
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, elogiou a medida adotada por Dino e também se manifestou contra o vídeo: “Isso é crime e conduta de pessoas sem escrúpulos que se aproveitam da tragédia para criar uma narrativa falsa”.
“Não vamos tolerar nenhuma fake news. Tentativa de uso político com disseminação de mentiras deve ser denunciada sempre. Respeitem a tragédia e a dor das famílias!”, escreveu Pimenta.
Ciclone no RS
O número de mortos confirmados em consequência da passagem de um ciclone extratropical que atingiu 93 cidades no Rio Grande do Sul subiu para 46, segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil gaúcha, às 7h desta segunda.
Em visita ao RS no domingo (10/9), o presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), informou que o governo federal já autorizou o empenho de R$ 741 milhões para o socorro às vítimas da tragédia que destruiu dezenas de cidades no Vale do Taquari.
Os recursos serão usados em áreas como saúde, com hospitais de campanha e recuperação de unidades municipais e estaduais que sofreram danos; na recuperação de estradas e na construção de moradias. (Metrópoles)
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