Diminui mortalidade infantil e materna nas cidades mais pobres do Maranhão
“Eu tenho muita crença nesse trabalho que vocês vão fazer ano que vem porque vocês vão continuar salvando crianças e mães. Vocês são heróis do povo do Maranhão”. Com essa declaração, o governador Flávio Dino definiu o trabalho realizado pela Força Estadual de Saúde (Fesma) nos 30 municípios do Plano ‘Mais IDH’. Na manhã desta terça-feira (20), os 120 profissionais da Fesma participaram do Encontro Anual para avaliação dos trabalhos em 2016, que acumulou resultados significativos como a redução de 47,5% da mortalidade infantil e 83% da mortalidade materna.
A Força Estadual de Saúde, coordenada pelas Secretarias de Estado Extraordinária de Articulação das Políticas Públicas (SEEPP) e da Saúde (SES), atuou de forma destacada nos 30 municípios mais pobres do estado, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Ao todo, os profissionais da Fesma – médicos, enfermeiros, assistentes sociais, educadores físicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, odontólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais – realizaram mais de 300 mil atendimentos e conseguiram alcançar áreas e pessoas jamais assistidas pelo poder público no Maranhão.
Em seu discurso de agradecimento aos profissionais da Fesma, pelos resultados obtidos em 2016, o governador Flávio Dino destacou que essa inovadora iniciativa é fruto de um posicionamento do Governo, que transcende a crise econômica e as obras de concreto e asfalto. “Tradicionalmente era melhor pegar esse dinheiro e construir mais um hospital. Talvez, eu seria até mais compreendido. Mas esse não é o certo. É melhor trilhar o caminho certo. Ainda que você seja vítima transitória de incompreensões. Por isso que nós estamos gastando o dinheiro público nas coisas que realmente a gente acredita. A Fesma é um desses produtos de cuidar das pessoas. Uma resposta para o problema da saúde no Brasil e no Maranhão”, pontuou o governador.
De acordo com o governador, fazer parte da Força Estadual de Saúde sobrepõe o cumprimento do dever por se tratar de uma missão que tem como objetivo uma fruição coletiva, a busca pela justiça social. Ele explicou que no Maranhão e no Brasil há o histórico de que o Estado só chegava à casa das pessoas pobres se fosse por intermédio da polícia, realidade que está mudando com a atuação da Fesma.
O governador agradeceu também a diminuição da mortalidade infantil e materna alcançada no primeiro ano de atuação da Fesma. Para ele, só quem já sentiu a dor de perder um filho sabe a importância que tem salvar a vida de uma criança.
“Quando a gente fala de redução de mortalidade infantil, há quem fique analisando se reduzir de 101 para 48 é muito ou pouco. Uma vida de uma criança poupada é um índice de sucesso ou de um fracasso de um Governo, porque é um índice de sucesso ou de fracasso de uma vida. Então, quando uma coisa como essa, uma inovação como essa, produz esse efeito já valeu a pena. Porque pouco importa se era 50 ou 48 crianças. Fosse uma já teria valido a pena. Por isso, eu quero agradecer muito a vocês, em nome desses pais e dessas mães”, disse o governador.
A atuação da Fesma tem foco na diminuição da mortalidade infantil (crianças de zero a um ano de idade), da mortalidade materna (óbitos relacionados ao parto), das internações por complicações do diabetes e hipertensão, e na identificação e tratamento da hanseníase, com resultado em curto e médio prazo.
De abril até dezembro, mais de 300 mil atendimentos já foram prestados nos 30 municípios. Mas o trabalho da Fesma ultrapassa os números de atendimentos. Após análise do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS), comparando os dados de 2014, 2015 e 2016, os números de mortalidade infantil diminuíram em 47,5%, e a mortalidade materna caiu 83%, ambos em 2016 (de janeiro até a primeira quinzena de dezembro).
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