Dilma quer constranger Lobão em sessão do impeachment
Ao fazer sua defesa pessoalmente no processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff vai citar ex-ministros que hoje são seus julgadores no Senado para mostrar que todos eles a acompanharam em seu governo. A ideia é constranger ao menos seis senadores, que integravam o primeiro escalão e posteriormente viraram seus algozes.
A lista dos que foram ministros de Dilma e votaram para transformá-la em ré no processo é composta, além de Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, por Eduardo Braga (PMDB-AM), que também ocupou o cargo de líder do governo no Senado, , Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Dilma irá ao plenário do Senado no próximo dia 29 e já começou a se preparar para a sabatina. No Palácio da Alvorada, ela participará de um treinamento político para os questionamentos duros. A “aula” jurídica será dada por José Eduardo Cardozo, o ex-ministro da Justiça e agora advogado responsável por sua defesa.
Em reunião no Alvorada, nesta quinta-feira, os senadores Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e José Pimentel (CE), todos do PT, explicaram a Dilma o formato da sessão de impeachment, a ser comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
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