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Dilma pode ser 1ª grande vítima política da Lava Jato

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KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA

As delações da Odebrecht e a lista com mais de 200 políticos de 18 partidos que receberam recursos da empresa vão fazer um estrago amplo. Mas, do ponto de vista da batalha do impeachment, reforçam a possibilidade de queda da presidente Dilma Rousseff.

A divulgação dessa lista, por exemplo, alimenta o desejo de deputados e senadores de entregar logo uma cabeça para tentar acalmar a opinião pública. Nesse contexto, a medida mais rápida é votar logo o impeachment.

O pedido que tramita na Câmara trata das chamadas pedaladas fiscais, mas deputados e senadores avaliam que as revelações da Lava Jato e a incapacidade do governo de enfrentar a crise econômica vão jogar contra a permanência de Dilma no poder. Daí darem uma resposta para tentar acalmar as ruas.

Ironicamente, a presidente que imaginava que nunca seria atingida pela Lava Jato pode ser sua primeira grande vítima política.

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PMDB quer romper logo

A tendência do PMDB é mesmo de rompimento com o governo Dilma. Presidente do partido e vice-presidente da República, Michel Temer ainda tentou adiar ontem a reunião da próxima terça, 29 de março, para o dia 12 de abril.

Mas há maioria no PMDB para romper o mais rápido possível. O provável é que o anúncio seja feito no dia 29, dando prazo para os ministros saírem até 12 de abril.

Há tanta certeza no PMDB de que haverá um governo Temer que já são discutidos nos bastidores nomes de ministros. Por exemplo: para a Fazenda, o nome mais forte hoje seria o do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

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