Deputados maranhenses manifestam-se sobre vitória de Jair Bolsonaro para a Presidência da República
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), e os deputados Bira do Pindaré (PSB) e Wellington do Curso (PSDB) repercutiram, na sessão desta segunda-feira (29), a vitória do deputado Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República.
Em seu pronunciamento, Othelino Neto afirmou que Jair Bolsonaro, a partir de 1º de janeiro de 2019, terá a responsabilidade de cuidar de centenas de milhões de brasileiros e brasileiras. Para ele, um dos sinais positivos da eleição presidencial é que o candidato do PT, Fernando Haddad, conquistou, no segundo turno, 47 milhões de votos, ou seja, 45% dos votos válidos do eleitorado brasileiro. “Este é um número expressivo e sinaliza que o presidente eleito precisa reconhecer que tem uma banda da população que precisa ser vista e respeitada”, disse Othelino.
O parlamentar classificou como um fato positivo da eleição o Maranhão ter conferido 73% dos votos ao candidato Fernando Haddad. “Mais de um milhão de votos à frente do segundo colocado no estado. E o Nordeste, que muitas vezes é discriminado e considerado como uma região menos informada, foi quem deu um sinal para o Brasil, dando ao Haddad uma diferença de mais de 10 milhões de votos”, analisou.
Sobre o novo cenário político do Brasil, Othelino frisou que seu partido, o PCdoB, fará uma oposição democrática, responsável, e estará vigilante contra toda e qualquer ação do próximo presidente que possa vir a retirar direitos do povo brasileiro. “Nós não nos calaremos em nenhum instante. Sabemos entender a vontade da sociedade brasileira, mas ficaremos vigilantes para garantir o estado democrático de direito, para garantir os avanços sociais obtidos a duras penas pelo povo brasileiro e para que ninguém seja discriminado por raça, religião, orientação sexual ou por ter posturas e posições divergentes das majoritárias”.
“Serei um deputado de oposição”, afirma Bira
Bira do Pindaré (PSB), eleito deputado federal, anunciou que, a partir de fevereiro de 2019, fará oposição ao presidente eleito na Câmara dos Deputados. “Desde já, afirmo, categoricamente, que serei um deputado de oposição no Congresso Nacional, porque não aceito o desmonte de direitos, a destruição de direitos previdenciários e as privatizações das empresas estratégicas para o desenvolvimento do nosso país e do nosso Estado”, afirmou.
Ele assinalou que fará a defesa de instituições como a Caixa Econômica, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia, o Sistema Eletrobras e a Petrobras. “Portanto, eu não concordarei com teses que já foram derrotadas pela história e que, infelizmente, pela restrição e manipulação das informações, não apenas pela grande mídia, mas também pelas fake news das redes sociais, induzem as pessoas ao erro”.
Bira frisou que compreende o sentimento de indignação da população por tudo o que vem acontecendo no Brasil. “No entanto, o remédio foi equivocado, pois não era o adequado. Deram veneno para um doente. Essa é a minha avaliação do resultado eleitoral do último domingo”, ressaltou, ressalvando que, ainda assim, espera que dê tudo certo, mas acreditando que, se o presidente Jair Bolsonaro fizer tudo o que prometeu, será a confirmação da “crônica da tragédia anunciada, ou seja, a destruição completa dos direitos mais elementares do povo brasileiro”.
Wellington do Curso também se pronunciou a respeito da eleição e, além de parabenizar o presidente eleito, o desejou boa sorte. “Que Deus possa concedê-lo sabedoria e serenidade, para que ele possa conduzir a nação, o Estado brasileiro para dias melhores. Atravessamos um momento de crise financeira, política e ética. E cada brasileiro precisa dar a sua contribuição para a nação. Rogo a Deus que estenda as mãos poderosas sobre o Brasil e sobre a administração de Jair Bolsonaro”, finalizou.
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