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Crise no PMDB: Andrea Murad, Roberto Costa e Neto batem boca

Blog da Sílvia Tereza

O clima tenso na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (06), não se limitou à tribuna. Logo após a sessão, com Andrea Murad (PMDB) já ausente, os deputados Roberto Costa (PMDB) e Sousa Neto (PTN), genro do ex-secretário Ricardo Murad, estranharam-se, enquanto a Imprensa fazia entrevistas no plenário sobre o debate quente da sessão. Eles trocaram insultos.

No meio das entrevistas, os dois começaram a trocar acusações sobre questões da gestão passada. Falaram em apresentar provas, quando Roberto Costa chamou Sousa Neto de “pau mandado”, esquentando, mais ainda, a situação que já estava tumultuada.

“Pau mandado? Então eu vou mostrar quem é pau mandado”, rebateu Sousa Neto.

“É duas vezes pau mandado: de Ricardo e meu”, retrucou Costa, deixando a relação política entre os dois bastante abalada.

OUÇA O ÁUDIO DA ENTREVISTA 

Andrea Murad e Roberto Costa batem boca

O clima foi tenso na Assembleia Legislativa durante e depois da sessão desta quarta-feira (06). Tudo começou quando a deputada estadual Andrea Murad (PMDB) foi à tribuna anunciar que pedirá ao presidente estadual do PMDB, João Alberto, a expulsão do prefeito de Bacuri, Richard Nixon Monteiro dos Santos, do partido, após prisão do mesmo em operação da Polícia Civil por suposto crime de agiotagem no Maranhão. A atitude mexeu com o também peemedebista, Roberto Costa, amigo do suspeito, que reagiu em forte pronunciamento.

roberto costa

– Roberto Costa: “Então que a deputada peça a expulsão do pai. Então, aí terá toda autoridade de pedir a saída de um membro do partido”

“Eu creio que o senador João Alberto deve concordar comigo de que bandido não pode ficar no nosso partido. Ele, Roberto Costa, subiu hoje (06) à tribuna para defender o prefeito e eu vou voltar amanhã (07) para atacar. Não podemos aceitar esse tipo de gente no partido”, disse Andrea Murad em entrevista ao blog.

Segundo Andrea Murad, é inadmissível que o PMDB continue tendo, em seu quadro, um agiota, que inclusive faz acordos. Ela denunciou que o prefeito teria uma empresa “laranja” com a qual estaria prejudicando a Prefeitura de Zé Doca com contratos cruzados. “E quero saber aonde vamos parar com essa agiotagem aqui no Maranhão?”, indagou.

“Ninguém pode acusar, esquecendo dentro de casa”, diz Roberto

Na tribuna, Roberto Costa disse que o prefeito só pode ser responsabilizado ou punido com expulsão do partido quando for provado e condenado pela Justiça. “Se ele for culpado, tem que pagar quando o processo for concluso. Ninguém pode acusar todos aqui, esquecendo dentro de casa, o pai (Ricardo Murad). Não estou dizendo que ele (o ex-secretário de Saúde) é ocupado. Agora contra ele tem muito mais do que contra o prefeito de Bacuri. Então que a deputada peça a expulsão do pai. Então, aí terá toda autoridade de pedir a saída de um membro do partido”, disse.

À Imprensa, Roberto Costa reiterou o que falou na tribuna e disse que ninguém pode afirmar de nenhum cidadão a sua culpa até que o processo tenha o seu término final. No entanto, ele se disse favorável à investigação em relação a essa questão de agiotagem no Maranhão, que é um dos maiores problemas que afetam os  municípios do Maranhão.

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