O deputado Birá do Pindaré (PT) anunciou, em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, que a CPI da Propina já conta com 11 assinaturas. A Comissão Parlamentar de Inquérito pretende apurar o caso de distribuição de propina entre os parlamentares maranhenses.

Segundo informações, um deputado teria recebido R$ 1,5 milhão de empresários da construção civil e rateado a quantia entre os colegas.

De acordo com Bira, além dele, autor do requerimento que pede a instalação da CPI, assinaram também o pedido os deputados Rubens Júnior, Eliziane Gama, Carlinhos Amorim, Tatá Milhomem, Luciano Leitoa, Neto Evangelista, Gardênia Castelo, Marcelo Tavares, Zé Carlos e Edivaldo Holanda.

Logo após o pronunciamento do petista, o deputado Rubens Júnior (PCdoB) subiu à tribuna e defendeu a instalação da CPI como uma forma de apurar, com rigor e profundidade, as denúncias.

Segundo Júnior, todos os parlamentares da Casa estão sob suspeição de terem se corrompidos (até que se prove o contrário) para aprovarem o projeto que flexibiliza a derrubada de babaçu, com a finalidade de permitir a construção de condomínios e prédios na cidade.

Agindo a serviço da governadora Roseana Sarney para obstruir a CPI, o subserviente presidente Arnaldo Melo disse que a Corregedoria da Casa está apurando o caso. Conversa fiada. Na verdade, não passa de um mecanismo burocrático no intuito de abafar o escândalo.

Os deputados Dr.Pádua, Valéria Macedo e Hélio Soares, que deram sinais de que assinariam a CPI, parecem ter, por motivos ainda desconhecidos, desistidos da decisão. Outro fato curioso é o fato da deputada Cleide Coutinho também não assinar. O que estaria por trás?

Nesse caso, se os deputados não têm nada a esconder, por que não se posicionam a favor da CPI? Ou será que não querem uma investigação por temerem ser descobertos?