Contribuição do SUS para a Saúde do Maranhão é injusta, diz secretário Carlos Lula
O SUS precisa ter um papel mais justo e equilibrado na saúde pública do Maranhão. A avaliação é do secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, durante entrevista ao Bom Dia da TV Difusora nesta sexta-feira (2).
“É muito injusta a forma como o SUS acontece hoje. O estado do Maranhão contribui todos os meses com R$ 130 milhões, e o governo federal aporta apenas R$ 30 milhões”, disse o secretário.
O Maranhão está entre os quatro estados que menos recebem recursos do SUS, que é gerido pelo governo federal.
“Se a gente dividir o que a gente recebe por ano por cada habitante do Maranhão, a gente recebe do governo federal, para sobreviver, R$ 150 reais por ano. Dá pouco mais de 10 reais por mês.”
“Será que é suficiente para manter a rede inteira de saúde, UTI, UTI área? Receber R$ 10 por mês por cada maranhense é suficiente para manter toda essa rede funcionando?”, perguntou Carlos Lula.
Diante desse cenário, o Maranhão precisa se precaver e otimizar cada vez mais os recursos: “Agora, a nossa agenda tem que ser ainda mais eficiente, cuidar das pessoas, mas manter os serviços eficientes também”.
E o que seria, na prática, essa eficiência? A resposta é levar mais racionalidade ao sistema, sem prejudicar os pacientes.
“Não serão suspensos serviços, ninguém vai ficar sem atendimento”, afirma. Mas há procedimentos a serem melhorados: “Eu tenho unidades, por exemplo, que fazem pouco mais de cem partos por ano. E mantemos equipe de obstetra, pediatra, anestesista, para fazer menos de um parto por dia; um parto a cada três dias. Enquanto tenho outras que fazem 2 mil por ano ou até mais; a Marly faz 7 mil, 8 mil por ano”.
“Temos que manter uma agenda de eficiência, não dá para estar do mesmo modo cuidando das duas unidades [a que faz cem partos e a que faz milhares de partos por ano], precisamos cuidar do dinheiro público”, acrescenta.
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