Evidente que a reivindicação dos professores da rede municipal de São Luís é justa. O exercício do magistério no Brasil é uma das tarefas mais difíceis e, em São Luís, não é diferente. A profissão de professor requer muito trabalho e esforço de quem se habilita para tal.

Com a atual gestão, os professores de São Luís garantiram alguns direitos. Claro que muito ainda precisa ser feito.

Em assembleia geral realizada na manhã da última sexta-feira, os professores da rede municipal de ensino decidiram pelo indicativo de greve, caso a administração do prefeito Edivaldo não aceite a proposta de reajuste salarial reivindicada pela categoria. Assim como os outros trabalhadores, os educadores merecem um salário digno. E a conquista de melhorias para a classe vem através da luta, algo legítimo e democrático.

A Prefeitura de São Luís, justiça seja feita, em nenhum momento se negou ao diálogo. Durante o longo período de negociação, o prefeito Edivaldo abriu as finanças do município e elevou a proposta inicial. É bom lembrar que ano passado, os professores receberam um aumento salarial da ordem de 9,5%.

Como resultado das negociações em 2013, o professor em início de carreira, com quarenta horas semanais, passou a receber R$ 3.509,46 na categoria inicial e até R$ 5.593,56 no mais elevado estágio. Ainda não é suficiente para a importância do trabalho que desenvolvem, mas é o que a prefeitura alegar ter condições de pagar no momento.

Atualmente, segundo informações colhidas pelo blog do Jorge Vieira, a Prefeitura de São Luís gasta 87,85% da receita do Fundeb com a folha dos professores, o que resta é para fazer a manutenção da rede. Portanto, é hora de repensar se é hora de uma paralisação, pois uma greve agora só atrapalharia ainda mais os estudantes.

O prefeito Edivaldo, apesar das dificuldades, conseguiu avanços neste setor. Já garantiu progressos nas áreas de material físico e humano, como a entrega de 15 mil livros didáticos às crianças da Educação Infantil e a contratação de 650 novos professores.

Também foram realizados investimentos no transporte escolar, com a circulação de mais de 50 ônibus que atendem tanto a zona urbana como a comunidades mais distantes, na zona rural. Além disso, a entrega da versão preliminar do Plano Municipal de Educação (PME) assegura o planejamento a longo prazo, que fortalece a política de educação municipal.

Dentre os benefícios já alcançados pela categoria do magistério na gestão do prefeito Edivaldo estão o reajuste salarial de 9,5% e 1/3 de hora atividade, entre outras vantagens trabalhistas requisitadas pelos professores do município há seis anos. Além da regularização do ano letivo, retorno do programa do leite e recuperação de escolas depredadas.

Ainda não é o suficiente, contudo há de se reconhecer os avanços obtidos diante das dificuldades financeiras enfrentadas pela gestão municipal.