Com verba reduzida do SUS, Maranhão reforça eficiência para manter obras na Saúde
O Maranhão é o quarto Estado que menos recebe proporcionalmente verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) para manter os hospitais e os atendimentos dos pacientes. É algo em torno de R$ 10 por mês para cada paciente.
Com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, nada indica que esse cenário mude tão cedo. O Nordeste tem sido punido com cada vez menos repasses federais.
“Infelizmente, com esse presidente da República, a gente tem que se precaver, para que não chegue amanhã e não tenhamos condição de manter essa rede”, disse o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, em entrevista à TV Difusora.
É por isso que a estratégia é o reforço na eficiência, para que os pacientes maranhenses não sejam prejudicados.
“Agora a nossa agenda tem que ser ainda mais eficiente, cuidar das pessoas, mas manter os serviços eficientes também”, afirmou Carlos Lula.
O secretário disse que não serão suspensos serviços e ninguém vai ficar sem atendimento. O que se busca é otimizar os recursos.
“Eu tenho unidades, por exemplo, em que faço pouco mais de cem partos por ano. E mantemos equipe de obstetra, pediatra, anestesista, para fazer menos de um parto por dia; um parto a cada três dias. Enquanto tenho outras que fazem 2 mil por ano ou até mais; a Marly faz 7 mil, 8 mil por ano.”
“Temos que manter uma agenda de eficiência, não dá para estar do mesmo modo cuidando das duas unidades, precisamos cuidar do dinheiro público. A gente vai reconfigurar a rede, ninguém vai ficar sem assistência, a gente vai continuar cuidando da mesma população, mas sempre com responsabilidade. Para que amanhã, com toda essa perseguição que se avizinha, a gente não tenha nenhum tipo de crise na saúde do nosso estado”, acrescentou.
Tudo isso é para continuar a agenda de entregas na Saúde. Ele dá alguns exemplos: “Vamos aumentar o projeto para crianças autistas, entregamos hospital na Baixada, entregamos segunda fase do Hospital do Servidores, temos outros ainda a entregar. Mas chega uma fase também em que a gente tem que zelar ainda mais pela responsabilidade fiscal”.
Para o secretário, “a gente não pode dar um passo maior que a nossa perna, ainda mais num cenário de crise econômica, num período de perseguição do governo federal em relação ao estado”.
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