Citado na Lava-Jato, Lobão pode levar presidência da CCJ
Cargo historicamente disputado, a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado ganhou peso maior depois da morte do ministro Teori Zavascki, em acidente aéreo na última quinta-feira. É nessa comissão que o nome escolhido pelo presidente Michel Temer para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) será sabatinado e, mesmo que o sucessor não fique responsável pelo processo da Operação Lava-Jato, o escolhido tem direito a voto em plenário. A vaga é do PMDB, e três nomes, conforme antecipou o Correio, aparecem na disputa: Marta Suplicy (SP), Raimundo Lira (PB) e Edison Lobão (MA).
Aliado do atual presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ex-presidente da República José Sarney, Lobão sai na frente na disputa. Além de ter o perfil ideal para o cargo, na visão de parte dos peemedebistas, Lobão teria condições de conduzir no tempo em que achasse adequado o processo de sabatina do sucessor de Teori, a despeito de o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), próximo presidente do Senado, ter dito que tudo se resolverá rapidamente. O senador é um dos 47 políticos investigados no STF na Lava-Jato, acusado de negociar propina de R$ 2 milhões para a campanha da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney em 2010.
O nome de Lobão cresce ainda mais quando se observa os concorrentes. Considerada novata no partido, a senadora Marta Suplicy ainda não tem poder de articulação na bancada, tanto que foi pleitear um espaço na Mesa Diretora, no Palácio do Planalto e não na liderança. E a ex-prefeita de São Paulo, na opinião de interlocutores da sigla, não tem o “temperamento adequado”.
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