Candidato à Presidência da OAB/MA descumpre legislação da eleição
Mesmo sendo membro de uma Comissão da OAB/MA, o candidato à Presidência da entidade, Thiago Diaz, não tem economizado críticas à atual gestão da entidade. Mas as contradições não param por aí. Adotando um tom cada vez mais enfurecido em suas declarações, Diaz defende ética, mas tem descumprido o Provimento número 146/2011, que dispõe, entre outras questões, sobre as normas da campanha eleitoral e as eleições dos Conselheiros e da Diretoria do Conselho Federal, dos Conselhos Seccionais e das Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil e da Diretoria das Caixas de Assistência dos Advogados.
Com a propaganda eleitoral vedada nos tradicionais meios eletrônicos de comunicação, como o rádio e a TV, os advogados estão adotando as mesmas táticas das eleições partidárias no Brasil, usando a internet para disseminar suas propostas e até mesmo para criticar os adversários. O problema é que um dos parágrafos de um artigo do provimento eleitoral das eleições da OAB veda a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet.
Para turbinar suas candidaturas, adversários contrataram até agências especializadas em Marketing Digital, com intuito de alimentar seus perfis nas redes sociais tentando assim se tornaram mais conhecidos do que Valéria Lauande. Agora, juntos, eles estão patrocinando a página de campanha no Facebook e um perfil no Instagram. A conduta é expressamente proibida segundo a norma que rege as eleições das OABs em todo o Brasil. Em um dos flyers eletrônicos, a mensagem para favorecer a dupla da oposição distorce um fato sobre o Protocolo de Segurança do Fórum do Calhau e mistura numa montagem cédulas de vinte reais, desrespeitando o próprio símbolo da OAB (VEJA A FOTO).
Quem visita a página Renovar para Mudar, nome da chapa de Thiago Diaz, percebe um número expressivo de “curtidas” de pessoas que, em sua maioria, nenhuma relação possuem com a advocacia. O artifício de “patrocinar” as curtidas é oferecido ao Facebook para aumentar a visibilidade de tudo o que é postado, bastando que se pague ao Face por isso. Mas o preço pode sair caro ao jovem advogado Thiago Diaz, que promete renovar a entidade representativa do advogados, desrespeitando as regras. É um mal começo para quem teria obrigação, até por dever de ofício, de cumprir as normas que regem as eleições.
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