O Informante – Depois da reunião em Brasília, nessa terça-feira, 24, com o embaixador da Alemanha, Heiko Thoms, acompanhado do secretário de Desenvolvimento e Programas Estratégicos, José Reinaldo Tavares, o governador Carlos Brandão anunciou que vai apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o projeto do Terminal Portuário de Alcântara (TPA), um investimento de cerca de 7 bilhões de dólares que deve gerar mais de 100 mil empregos diretos e indiretos no Maranhão. Brandão estará com Lula nesta sexta-feira, 27, no Palácio do Planalto, durante reunião do presidente com todos os governadores do Consórcio Nordeste. Chefes de estado de outros consórcios também participarão do encontro.

Cada consórcio apresentará a Lula um projeto estruturante, em comum, dos estados que compõem o colegiado. Depois, individualmente, os governadores entregarão ao presidente três projetos estruturantes para seu respectivo estado.

Nessa terça, ao sair da reunião com o embaixador Thoms, Brandão gravou um vídeo em que anuncia que apresentará, na conversa individual com Lula, projetos de grande importância para o Maranhão. Um deles é o Terminal Portuário de Alcântara (TPA), da Grão-Pará Maranhão, um dos maiores investimentos do estado na área portuária, com possibilidade de geração de 100 mil empregos diretos e indiretos. Brandão apresentará, também, o projeto de construção da Estrada de Ferro do Maranhão (EF-317), que foi autorizado pelo governo federal, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio do então ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, em cerimônia no dia 02 de Setembro de 2021, no Palácio do Planalto.

A Estrada de Ferro Maranhão (EF-317), com 520 quilômetros de extensão, ligará o município de Açailândia (Ferrovia Norte-Sul) ao Terminal Portuário de Alcântara (TPA), em Alcântara.

Reunião preparatória – Hoje à tarde, segundo apurou O INFORMANTE, haverá uma reunião preparatória do Consórcio Nordeste, em Brasília, em que Carlos Brandão e os demais governadores da região alinharão o projeto comum que será apresentado ao presidente Lula.

ENTENDA

Porto em regime de condomínio multipropósito com capacidade (expansível) para embarcar simultaneamente:

• 100 milhões de Toneladas de minério
• 40 milhões de Toneladas de grão
• Carga Geral / Containers
• Combustíveis
• Ferrovia em “open acess”; ou seja, disponível para todos os operadores e clientes do mercado pagando unicamente tarifa pela utilização com capacidade para 140 M toneladas (expansíveis)
• Traçado da ferrovia estudado de forma a respeitar as condições sociais (comunidades) e ambientais
• A GPM (Grão-Pará Maranhão) gera um impacto positivo nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas).

Estes 17 objetivos serão atingidos por meio de medidas como:

• Atribuição de 6% dos dividendos para o financiamento de uma fundação que promova o bem-estar, qualidade de vida e a preservação das tradições das comunidades quilombolas;
• Criação de 100.000 novos empregos, só com a EF-317, com cluster industrial, de acordo com estudo do BNDES;
• A arrecadação anual de ICMS prevista tendo como base o Porto do Itaqui será de cerca de R$ 3,1 bi o que permitirá implementar novas medidas de combate à fome;
• Aposta na educação e capacitação de mão-de-obra maranhense e nordestina para suportar os novos empregos;
• Colaboração no acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável na Baixada Maranhense;
• Criação de novas cidades inteligentes com melhor sistema de cuidados de saúde, saneamento e qualidade de vida para a população;
• Organizações público-privadas Brasileiras e da UE que colaboram no projeto num sistema de economia circular
  
  MERCADO DE GRÃOS
  
  
• ESALQ-LOG identificou uma hinterlândia de escoamento de 81 milhões de grãos utilizando a Ferrovia Norte Sul, já em 2030;
• Grande economia de escala no transporte de longa distância (China) de US$ 15/ton;
• “Maximização da Eficiência Logística da Ferrovia Norte Sul” do BANCO MUNDIAL realizado a pedido do Ministério da Infraestrutura, no qual identifica a EF-317 como a solução mais eficiente em termos econômicos (TIRE de 26,2%) e sustentável em termos ambientais.
• Diminuição do “custo brasil” e atenuando o impacto cambial na competitividade internacional do agro nacional.