Braide assina ordem de serviço para restauração da estátua de Benedito Leite
Ampliando os investimentos de sua gestão para a preservação e recuperação do patrimônio histórico de São Luís, o prefeito Eduardo Braide assinou, na manhã desta quarta-feira (13), a ordem de serviço para a restauração da estátua de Benedito Leite, no Centro. O monumento, que fica localizado na praça que leva o nome do político, magistrado e jornalista maranhense, foi vandalizado em 2017 e teve sua placa de bronze roubada. Com o restauro, o item voltará a compor a obra que é parte da história da capital maranhense.
Durante a assinatura da ordem de serviço, o prefeito Eduardo Braide destacou a importância de Benedito Leite. “Quando foi governador do estado, Benedito Leite convidou o presidente Afonso Pena para uma viagem pelo rio Itapecuru para mostrar a dificuldade de viajar até Caxias e assim conseguiu que fosse autorizada a construção da rodovia São Luís-Teresina. Além disso, ele foi um defensor da educação. Por isso, a importância da restauração da estátua, para reforçar a nossa sensação de pertencimento e fazer com que todos entendam a necessidade de preservação do nosso patrimônio histórico”, assegurou.
A vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda, afirmou que a restauração da estátua de Benedito Leite tem um simbolismo importante para a preservação do patrimônio histórico da capital. “Cada monumento ou casarão recuperado no nosso Centro Histórico reforça para a população a importância de cuidar desse tesouro que nós temos e que faz de São Luís uma cidade única. Por isso, assumimos o compromisso de cuidar do nosso patrimônio”, disse.
Restauração
A obra de restauração da estátua de Benedito Leite será feita pela Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico (Fumph), que elaborou o projeto técnico de restauro, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Esta é mais uma parceria entre a Prefeitura e o Iphan para a preservação do nosso patrimônio e que vai permitir que a estátua de Benedito Leite possa voltar à sua composição original com a recolocação de sua placa de identificação que foi vandalizada e roubada. Por meio deste trabalho, vamos chamar a atenção da população para a preservação do patrimônio”, afirmou Maurício Itapary, superintendente do Iphan no Maranhão.
O projeto de restauração contempla o levantamento dos danos existentes na estátua e os serviços que serão necessários para que ela retome suas características originais. Serão executados higienização com limpeza mecânica e química do monumento, aplicação de anticorrosivo e inibidor de oxidação, obturações das lacunas superficiais e profundas, lixamento das áreas obturadas, recomposição das partes e peças faltantes e aplicação de anticorrosivo e inibidor de oxidação e o tratamento de proteção química da estátua e sua base.
A placa de bronze que ficava fixada aos pés da estátua e identificava o monumento foi furtada em 2017, quando o monumento foi vandalizado. O item foi recuperado por meio de um esforço conjunto do Iphan, a Guarda Municipal e a Polícia Militar. Após a recuperação, a estátua foi levada para a sede do Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Atualmente, ela está guardada na sede da Superintendência do Iphan/MA, na Rua do Giz, Praia Grande.
Estátua de Benedito Leite
Benedito Pereira Leite nasceu em Rosário, cidade do interior do Maranhão, em 4 de outubro de 1857, e morreu em Hyeres, na França, 6 de março de 1909, sendo um importante político, magistrado e jornalista brasileiro.
Após sua morte, o então governador do Maranhão, Luís Domingues, determinou a formação de uma comissão encarregada de erigir uma estátua em memória do ilustre estadista. A estátua foi executada em Paris pelo escultor francês François Emile Decarchemont, tendo sido inaugurada na manhã do dia 28 de fevereiro de 1912.
Benedito Leite está representando sem uma mão na estátua, por ter dito “prefiro cortar a mão a assinar a supressão da escola Normal ou Modelo”, em um momento de crise econômica e corte de gastos quando foi governador do Maranhão (1906-1908). A frase foi grafada em uma placa de bronze junto à estátua.
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