Bolsonaro tira a máscara, exibe cloroquina a apoiadores e diz que só sai em 2022
O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores no Palácio da Alvorada neste domingo, 19, que os votos que o elegeram valerão até 2022. “A gente acredita em vocês, vocês estão aqui no coração, fazem movimentos democráticos para exatamente mostrar que o voto de vocês de 2018 vai valer até 2022”, disse. “Quer trocar? Troque nas urnas”.
Bolsonaro é alvo de 48 pedidos de impeachment protocolados na Câmara, à espera de uma decisão do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre pautar ou não algum dos requerimentos. O presidente está com covid-19 e permanece em sua residência oficial em Brasília. Ele caminhou até o espelho d’água para conversar com apoiadores que se aglomeraram do lado de fora do Palácio. Muitos deles sem máscaras.
“No momento, estou num bom relacionamento com o parlamento, mas a renovação é natural, até para o cargo de presidente”, disse.
Bolsonaro disse que acredita na conclusão do processo de criação de seu partido, o Aliança Pelo Brasil, para que possa concorrer à reeleição em 2022. “Estamos preparando pra 2022, vai sair o partido. Lógico que temos uma alternativa, se sair errado”, declarou. “No momento, estou num bom relacionamento com o parlamento, mas a renovação é natural, até para o cargo de presidente”, disse.
Ele também voltou a criticar o projeto de lei sobre fake news, aprovado pelo Senado e atualmente na Câmara. “Pode ter certeza que não vamos perder nossa liberdade de expressão. Essa mídia livre foi o que elegeu o presidente, que com certeza vai se reeleger de novo”, disse ao comentar que acha que o PL não será aprovado pelos deputados.
Bolsonaro segurou uma caixa de hidroxicloroquina, medicamento defendido por ele no tratamento da covid-19, mas sem eficácia comprovada. Ainda aos apoiadores, disse que o Brasil está mudando. “Temos uma excelente equipe de ministros a começar pelo da Saúde, que está dando certo, e aos poucos vamos construindo o futuro do Brasil”, afirmou, se referindo ao ministro interino, o general Eduardo Pazuello. Estadão
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