Bolsonaro diz que ‘caiu do cavalo’ quem falou que haveria troca de cargos com partidos
Um dia após o vice Hamilton Mourão declarar que o Palácio do Planalto poderia oferecer às legendas cargos no Executivo , o presidente Jair Bolsonaro disse, em transmissão ao vivo na internet nesta quinta-feira, que “caiu do cavalo” quem havia disse que este tipo de negociação aconteceria no encontro com os presidentes de partidos políticos.
— Nada foi tratado sobre cargos, nem da parte deles, nem da nossa parte. O Brasil está acima dos nossos interesses. Quem ontem falou que haveria questões envolvendo cargos, caiu do cavalo — disse o presidente, ao lado dos ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Na quarta-feira, Mourão, em conversa com jornalistas, disse que a partir do momento que os partidos concordem com o governo “é óbvio que eles vão ter algum tipo de participação, seja em cargos nos Estados, algum ministério ou algo do gênero.” Ele, entretanto, ponderou que se tratava de uma decisão do presidente.
Em busca de apoio para a aprovação da reforma da Previdência, Bolsonaro recebeu ao longo do dia os presidentes do PRB, PSD, DEM, PP, PSDB e MDB no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira. Mais cedo no Twitter, Bolsonaro havia classificado os encontros desta quinta-feira como de “alto nível.”
— Tratamos questões partidária, governabilidade e nova previdência. Ao contrário do que parte da mídia disse ontem, em nenhum momento tratamos de cargos. Eles têm o perfeito entendimento de que querem colaborar, não com o governo, mas com o Brasil — disse.
O presidente negou a informação de interlocutores, publicada no jornal “Valor Econômico”, de que ele gravaria as conversas com os dirigentes das legendas:
— Pelo amor de Deus, isso não existe. Eu jamais darei qualquer oportunidade para quebra de confiança entre nós. Eu acredito no Parlamento brasileiro, acredito que o Parlamento brasileiro vá fazer a sua parte não só na reforma da Previdência, bem como as demais propostas que estão dentro da Câmara. O Globo
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