Blog acerta: Ex-juiz da Ficha Limpa, Márlon Reis transfere título para Palmas visando 2018
O ex-juiz Márlon Reis, idealizador da Lei da Ficha Limpa, transferiu seu título eleitoral para Palmas nesta sexta-feira (4). Márlon é advogado do partido Rede e disse que está a disposição da legenda para uma eventual candidatura no Estado do Tocantins. “Tudo é possível. Quero participar do debate político no Tocantins, ajudar o Estado onde eu nasci”, revelou em entrevista à imprensa local.
No último dia 26, este blog revelou com exclusividade (reveja aqui) que Márlon Reis articula junto a Carlos Amastha (PSB), prefeito reeleito de Palmas e pré-candidato a governador, disputar uma das duas vagas ao senado pelo Tocantins em 2018. Segundo apurou o blog, uma das exigências feitas por Amastha seria Marlon deixar a Rede Sustentabilidade e ingressar no PSB.
Ao ser questionado sobre qual cargo poderá concorrer nas eleições de 2018, Márlon Reis comentou que não tem nada definido ainda. “Tudo será decidido coletivamente. Comuniquei isso (mudança de Zona Eleitoral) ao diretório nacional da Rede e do estadual. Recebi apoio e a partir de agora estou à disposição para colaborar”.
Já sobre uma possível aliança com políticos tocantinenses, Márlon ponderou que por enquanto não tem ninguém em mente, mas está aberto para diálogo. “Conversarei”. E sobre a política nacional, o advogado acredita que o país está vivendo um momento crítico com as “aprovações de medidas impopulares no Congresso”.
Márlon Reis, 45 anos, é advogado especialista em Direito Eleitoral, nasceu em Pedro Afonso, no Tocantins e formou-se em direito pela Universidade Federal do Maranhão. É um dos idealizadores e redatores da Lei da Ficha Limpa, que impede a participação eleitoral de candidatos que tenham sofrido condenações criminais em âmbito colegiado
Na eleição para prefeito de São Luís, foi advogado da então candidata a prefeita Eliziane Gama. Ingressou com diversas ações contra o prefeito Edivaldo, sendo derrotado em todas elas nos tribunais.
Ficha Limpa
Márlon Reis foi o primeiro juiz a impor aos candidatos a prefeito e a vereador revelar os nomes dos financiadores de suas respectivas campanhas antes da data da eleição. A lei, fruto de uma iniciativa popular, foi aprovada, em 2010, após a coleta de 1,6 milhões de assinaturas e a mobilização de outros milhões de brasileiros. A lei já barrou mais de 1.200 candidatos em todo o Brasil.
O advogado não acredita que a lei possa sofrer alterações futuras pelo Congresso. “Ela foi construída por milhões de brasileiros que se mobilizaram. Está socialmente protegida”, ponderou.
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