Otoni de Paula, deputado da base bolsonarista na Câmara dos Deputados, irá receber R$ 2,5 milhões do fundo partidário, na esperança de ser um dos puxadores de voto mais relevantes do MDB no Rio de Janeiro. O deputado também é um indicador de como partidos tratam de maneira distinta seus “puxadores”, líderes de voto que acabam por eleger outros nomes.

Levantamento do jornal O Globo aponta que Otoni irá receber mais que o próprio presidente do partido, Baleia Rossi (MDB-SP), que teve R$ 1 milhão. Outro puxador indicado pelo jornal é Bira do Pindaré (PSB-MA), que recebeu também R$2,5 milhões – pouco abaixo do limite de R$ 3,1 milhões para campanhas do tipo.

No PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, os valores são distribuídos de maneira desigual: Eduardo Bolsonaro e Helio Lopes, os mais votados em São Paulo e no Rio, receberão R$ 500 mil cada, menos que Carla Zambelli e Marco Feliciano, que o dobro cada um.

Kim Kataguiri, que foi o quarto mais votado em São Paulo, recebeu R$ 300 mil do União Brasil – menos, por exemplo, que Abou Anni, que concorre à reeleição com um caixa de R$ 700 mil. Em 2018, Kim teve 6,58 vezes mais votos que seu companheiro de partido. (O Antagonista)