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Bancada do PC do B tem preferência por Aldo e Flávio Dino no Ministério do Esporte

Da Folha de São Paulo

A bancada do PC do B na Câmara trabalha para emplacar o nome do ex-ministro e deputado federal Aldo Rebelo (SP) para substituir Orlando Silva no Ministério do Esporte.

O presidente da Embratur Flávio Dino e o deputado federal Aldo Rebelo

Segundo a Folha apurou, Aldo é o principal nome que “une a bancada” e uma forma do partido manter a pasta, já que Aldo é considerado um “bom quadro” no Planalto.

No entanto, antes de o partido apresentar formalmente sua opção, a predileção de integrantes do Planalto era por Flávio Dino, atualmente presidente da Embratur.

Há ao menos um critério definido pelo governo para definir o perfil do futuro do ministro: “jogar duro” para desmobilizar irregularidades dentro do ministério e não se submeter aos desejos da Fifa e da CBF.

A direção do PC do B afirmou que Orlando Silva vai entregar o cargo hoje à presidente Dilma Rousseff. Procurado pela Folha, ele afirmou que quem demite ou nomeia ministro é a presidente Dilma. “Não dou nenhum passo sem a orientação da presidente”, disse em mensagem enviada por celular.

A situação de Orlando se agravou ontem (25), data em que o STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou, de fato, as investigações de um suposto envolvimento do ministro na pasta. E após a Folha (reveja aqui) revelar que em julho de 2006 Orlando assinou um despacho que reduziu o valor que a ONG do policial militar João Dias Ferreira precisava gastar como contrapartida para receber verbas do governo, permitindo que o policial continuasse participando de um programa social do ministério.

O documento, revelado ontem pela reportagem, foi o primeiro a estabelecer uma ligação direta entre Orlando e o policial, que hoje acusa o ministro de comandar um esquema de desvio de dinheiro público para alimentar o caixa do PC do B.

Na segunda-feira (24), Ferreira prestou depoimento à Polícia Federal e disse ter entregado áudios de uma reunião que fez com funcionários da pasta para tentar resolver a prestação de contas de um de seus convênios. Em entrevista após o depoimento, o policial afirmou que existia ao menos 20 dirigentes de ONGs que poderiam confirmar o esquema.

A Folha (reveja aqui) revelou no sábado que o pastor David Castro, que dirige a Igreja Batista Gera Vida, de Brasília, e recebeu R$ 1,2 milhão do Esporte, afirmou que foi pressionado a repassar 10% do dinheiro para os cofres do PC do B.

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