O candidato a governador Lobão Filho (PMDB) adotou uma postura no mínimo deselegante ao deixar o debate promovido pela TV Guará, na noite desta segunda-feira (18), em São Luís. O peemedebista saiu criticando a emissora por não ter lhe concedido um direito de resposta, já no final quando eram feitas as considerações finais.

Tudo ocorreu quando o candidato Saulo Arcangeli (PSTU) disse que a  Refinaria Premium I de Bacabeira  não passou de um grande estelionato eleitoral para que o grupo, que apoia Edinho, vencesse a eleição em 2010.

No terceiro bloco, de maneira correta e justa a emissora deferiu um pedido de direito de resposta de Lobão Filho, que se sentiu prejudicado com a declaração de Arcangeli.

Na tentativa de explicar a não conclusão da obra, Lobão Filho afirmou que já foram investidos mais de R$ 2 bilhões no empreendimento, apesar de não ter saído da fase inicial.

Já no último bloco, quando eram feitas as considerações finais, Saulo Arcangeli, o último dos candidatos a falar, reiterou que a refinaria era sim um “estelionato eleitoral”, encerrando assim o debate.

Foi o suficiente para Lobão Filho, logo que foram desligadas as câmaras, queixa-se aos quatro ventos dizendo ter sido prejudicado em função de não ter tido outro direito de resposta, embora já tivesse explicado antes.

Ainda no estúdio, o advogado José Antônio Almeida teve que enquadrar Lobão Filho no sentido de conter o seu ímpeto. Edinho estava chateado, furioso, gerando um grande alvoroço.

Nos corredores, em entrevista a uma repórter da emissora, Edinho foi duro nas palavras e criticou, severamente – de maneira muito injusta na avaliação do editor deste blog –  a direção da TV Guará.

O mais lamentável foi um assessor do peemedebista comentar em alto e bom som, ao telefone, que a TV Guará beneficiou Flávio Dino citando o fato do seu proprietário ser um dos doadores da campanha dinista. Algo injusto, da maior indelicadeza, pois Lobão Filho teve o melhor tratamento possível da emissora bem como toda a cordialidade e respeito de seus donos.

Quem acompanhou o debate pôde observar a isenção e o profissionalismo da TV Guará, onde todas as regras foram obedecidas rigorosamente sem que nenhum candidato fosse prejudicado ou então tivesse algum privilégio sobre os demais.

O episódio, na opinião de jornalistas, assessores presentes e dos outros candidatos, não pegou bem para o postulante do grupo Sarney ao governo.