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As relações suspeitas que Andrea Murad precisa explicar

andrea murad

Divulgação

A deputada Andrea Murad (PMDB) promete fazer, nesta semana, um pronunciamento para explicar o uso de helicópteros, na campanha eleitoral, de uma empresa que mantinha contrato com o governo anterior.

De acordo com deputados da oposição, há indícios de irregularidades nos contratos da Secretaria de Saúde do Estado com a PMR Táxi Aéreo e Manutenção durante a gestão de Ricardo Murad, pai da deputada Andrea Murad, acusada de usar aeronaves desta empresa e a estrutura da pasta na campanha eleitoral.

Em nota distribuída à imprensa, ela diz que “a empresa PMR era a única empresa de taxi aéreo à época homologada no Maranhão e habilitada para prestar serviço a qualquer órgão, empresa, candidato ou cidadão no estado”.

Até aí tudo bem. Só que no seu pronunciamento, a deputada Andrea precisar esclarecer o ponto principal da denúncia, atinente a ligação suspeita e os pagamentos cruzados à empresa que prestava serviços para a secretaria de Saúde com a sua campanha.

Existe a denúncia de que a filha de Ricardo Murad recebeu em doações R$ 120 mil da CCP Pavimentações, pertencente ao dono da PMR, empresa que prestava serviços para a secretaria de saúde e locava os helicópteros usados por Andrea.

As aeronaves à disposição da Secretaria Estadual de Saúde (SES) não poderiam, por força de contrato, ser utilizadas para outras finalidades além do transporte de doentes, de equipes técnicas e de materiais hospitalares; nem ser locadas a terceiros.

É ou não é muito estranho o uso de outra empresa do mesmo proprietário da PMR, cujo mantinha negócios com o governo, para escamotear a origem verdadeira da doação à campanha de Andrea?

E para aumentar ainda mais as suspeitas, a doação feita à campanha de Andrea Murad ocorreu um dia após a secretaria de Saúde pagar uma fatura da PMR no valor de R$ 411 mil. Deduz-se que pagaram de um lado e receberam do outro. Isso precisa ser investigado.

Além do mais, relatório da Secretaria de Saúde, na nova gestão Flávio Dino, também aponta uma série de irregularidades nos contratos da PMR entre os anos de 2011 e 2014.

É tudo isso que a deputada deve explicar na tribuna da Assembleia. Isso, claro, se houver justificativa para tantas “coincidências”.

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