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As dificuldades de Lobão para voltar a ser governador

O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), vive em constante campanha pré-eleitoral ao governo do Estado. Recentemente, Lobão, com quase 80 anos, declarou ao blog do jornalista Marco D’Eça que “não dá mais pra esperar”. Talvez seja, realmente, esta a última oportunidade de concretizar o sonho que alimenta já há bastante tempo.

Além da idade já avançada, outro obstáculo que dificulta o projeto de Lobão de voltar ao comando do executivo estadual é a imagem de continuidade da política implementada pelo grupo Sarney – instalada há mais de cinco décadas no estado. Praticamente todos os que chegaram ao Palácio dos Leões receberam de forma direta ou indireta apoio do clã.

Ligado umbilicalmente a Sarney e a família, Lobão, que ocupa hoje, por exemplo, o cargo de Ministro de Minas e Energia por indicação do presidente do Senado, caso seja o ungido do grupo em 2014 não teria como desvincular sua imagem daquilo que há de mais atrasado e retrógrado da política brasileira.

O eleitor maranhense, que já mostrou sua independência e repúdio aos Sarney’s nas últimas eleições (o pleito não foi para o segundo turno por uma diferença de 0,008%), não arriscaria mais uma vez dar seu voto de confiança a um candidato, arcaico e com pensamentos ultrapassados, que a princípio daria  continuidade às mesmas práticas e ao modelo de gestão do grupo dominante, ou seja, do governo que está aí e que tem sido o pior da vida de todos os maranhenses.

De mais a mais, outro fator que pesa de forma negativa contra Lobão é a ausência de trabalho no Estado. Apenas um exemplo. Estando no comando da pasta de Minas e Energia, a tarifa cobrada pela maranhense Cemar, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é a terceira mais alta do Brasil, de R$ 0,41113 o quilowatt-hora, uma vez e meia maior do que a cobrada pela brasiliense CEB de seus clientes (R$ 0,26282). Mesmo assim Lobão quer, de qualquer forma, ser governador do Maranhão.

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