Aprovação do AST pode impulsionar Centro Espacial de Alcântara, avalia Jerry
O vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA) afirmou, na tarde desta terça-feira (3), que a aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) é urgente para o impulsionamento do desenvolvimento regional do Maranhão. Submetido à votação em regime de urgência no Plenário da Câmara dos Deputados, a retomada do uso da Base de Alcântara, no Maranhão, foi alvo de um debate acirrado entre parlamentares da esquerda, que acusam o Acordo de ferir a soberania brasileira.
Em contraposição ao PSOL e PT, Jerry apontou que a principal razão para o embate estava no desconhecimento sobre a origem do acordo, erroneamente associado apenas à gestão do PSL. “O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas Brasil-EUA não foi concebido no governo Bolsonaro. O processo vem desde Dilma, atravessou o governo Temer e foi assinado em março. Não há neste AST atentado à soberania nacional. Ele salvaguarda tecnologias, como em outros tantos acordos celebrados”, esclareceu.
Para o deputado maranhense, parte da esquerda vem “colecionando frases sobre a Base de Alcântara que revelam profunda ignorância sobre o tema”. Jerry defendeu o debate em torno do “AST, Centro Espacial de Alcântara (CEA), comunidades quilombolas, desenvolvimento regional, de forma honesta, com divergências e não com acusações e insinuações descabidas e absurdas”, disse.
Defendendo o posicionamento adotado pelo PCdoB, Márcio Jerry também afirmou que os direitos das comunidades de Alcântara representam “condições indispensáveis para a utilização do Centro Espacial e reafirmou que o pacto para utilização da estrutura do território alcantarense significa uma nova chance para o país. “Estamos juntos lutando para que direitos ignorados há mais de três décadas sejam garantidos. A possibilidade de reinserção do Brasil no mercado aeroespacial representa um caminho para assegurar a soberania. A utilização do CEA, além de tudo, é urgente para o impulsionamento do desenvolvimento regional no Maranhão”, afirmou.
Enquanto deputados do PCdoB, PDT e PSB prometeram voto favorável ao Acordo, parlamentares do PSOL e do PT registravam desacordo com a proposta.
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