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Após prisão de Lula, delegado da PF cita Temer, Aécio e Alckmin como novos alvos

Após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado a 12 anos e um mês, investigadores ligados à Operação Lava-Jato se manifestaram afirmando que outros políticos serão os próximos alvos. Os passos seguintes devem ser o aprofundamento das apurações contra líderes de outros partidos, assim como o fim do foro privilegiado. Entre os citados estão o presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O delegado da Polícia Federal Milton Fornazari Júnior, responsável pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo, escreveu em sua página no Facebook que “agora é hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio etc). Se isso acontecer teremos realmente evoluído muito como civilização, se não acontecer e só Lula ficar preso infelizmente tudo isso poderá entrar para a história como uma perseguição política”.

A publicação feita no sábado foi apagada no domingo (8) pelo policial. O delegado publicou um novo texto: “Para você que gosta de me monitorar aqui, não adianta se articular, vamos continuar prendendo os corruptos de todos os gêneros”.

Temer foi denunciado duas vezes e é investigado em um inquérito pela Procuradoria-Geral da República. Aécio foi denunciado e é investigado na Lava-Jato e Alckmin é investigado em inquérito por caixa 2 no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em razão da delação da Odebrecht. As assessorias dos políticos foram procuradas, mas não se manifestaram.

No domingo o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, comentou uma reportagem do jornal O Globo que mostrava investigações que envolviam além de Lula e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB), Temer e Aécio. “Mas ainda é preciso fazer mais por todo o Brasil. Lute pelo fim do foro privilegiado, de mudanças nas leis penais e no fortalecimento da democracia.”

No post no sábado, o delegado dizia:
“Lula preso. Objetivamente, ele recebeu bens, valores, favores e doações p seu partido indevidamente, por empresas q se beneficiaram da corrupção em seu governo. Por isso merece a prisão. Agora é a hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio, etc). Se isso acontecer, teremos realmente evoluído muito como civilização, se não acontecer e só Lula ficar preso infelizmente tudo isso poderá entrar para a história como perseguição política”.

A PF diz que o delegado não fala pela institução e que “jamais se manifesta por meio de perfis pessoais de seus servidores”.

Após a repercussão do caso, o delegado fez um novo post na rede social Facebook, fechado para amigos, e enviada por ele ao G1 com sua manifestação.

O segundo post do delegado diz:

“Amigos, ontem externei minha opinião exclusivamente pessoal como cidadã em relação à minha indignação com a corrupção na política brasileira em geral. Citei o caso transitado em julgado em segunda instância do ex-presidente Lula e os de outros políticos notoriamente investigados em Brasília, nas instâncias superiores, como os motivos da minha indignação pessoal. Vamos todos manter a serenidade e sigamos em frente. Abraços”.

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