‘Viúvas’ de Sarney insistem, mas Roseana teme derrota para Dino
Apesar da insistência de aliados, Roseana Sarney não deu uma declaração oficial de que será candidata ao governo do Maranhão em 2018. Teve a chance no último domingo em entrevista ao jornal O Imparcial, porém demonstrou pouca convicção em disputar novamente o governo. “Estou vendo as coisas acontecerem. (…) Estou no aguardo dos acontecimentos. A minha vontade é não concorrer“, afirmou.
Ora, se tivesse mesmo tomado a decisão de concorrer outra vez ao Palácio dos Leões, como alguns blogs noticiam, por que não anunciou oficialmente na entrevista que concedeu há pouco menos de uma semana?
Na verdade, por trás do interesse de alguns em que Roseana dispute o governo, está o Senado. É por isso que Sarney Filho, João Alberto e outros fazem tanta questão de convencer Roseana a enfrentar Flávio Dino, ainda que ela seja derrotada. Para eles, isso não importa. Querem é tirá-la do caminho no intuito de confirmar seus nomes ao senado.
Roseana, que não é boba, avalia que não pode entrar pra perder. Uma derrota para Flávio Dino pode custar sua morte política. Com pesquisas nas mãos que indicam a tendência de reeleição de Dino e apontam o desgaste do seu nome devido o caos dos seus governos, marcados pelo atraso, miséria e violência, a ex-governadora reconhece que as dificuldades para retornar ao Palácio dos Leões são enormes diante da alta rejeição que ainda enfrenta.
Sobre a decisão de morar em Brasília temporariamente, Roseana vem trabalhando nos bastidores para ter sua ficha limpa em 2018. Já que o governo é tarefa difícil, a filha de Sarney pode concorrer a um mandato de deputado ou a senador. Ela é ré por um rombo de 1 bilhão nos cofres estaduais por conta de um esquema de fraudes na sua gestão, segundo denúncia do Ministério Público do Maranhão. Isso pode lhe custar 6 anos de prisão.
Diante das especulações lançadas, conclui-se que se as condições estivessem tão favoráveis como alardeiam as ‘viúvas’ de Sarney, não tinha por que Roseana ficar em dúvida sobre sua candidatura ao governo, faltando pouco mais de um ano para a eleição.
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