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Aliados do grupo Sarney são presos em operação contra a agiotagem

Sarney Agiotagem

Richard Nixon Monteiro, prefeito de Bacuri preso na Operação contra (primeiro à esq) durante festa de aniversário de Sarney.

Entre os presos na Operação da Polícia Civil do Maranhão que prendeu políticos e agiotas envolvidos em esquemas de desvios em prefeituras do interior do estado, estão aliados políticos do grupo Sarney.

Envolvido em escândalos de agiotagem pelo menos  desde 2012, o atual prefeito de Bacuri, Richard Nixon Monteiro dos Santos foi eleito vice-prefeito da cidade pelo PMDB, partido comandado pelo grupo Sarney no Maranhão.

Ano passado, Nixon foi um dos convidados para celebrar o aniversário de Sarney (foto), ele teria contado com auxílio do grupo Sarney quando a polícia recebeu testemunhos de que ele teria relações com o agiota Glaucio Alencar, preso sob a acusação de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá.

Além de Richard Nixon, a Polícia Civil prendeu Jose Epitácio Muniz Silva, apelido Cafeteira, contador da prefeitura de  Marajá do Sena, Perachi Roberto Moraes, ex-prefeito de Marajá do Sena, além de Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, conhecido agiota. (Com informações do site Maranhão da Gente)

Mega-ação da Polícia Civil

A Polícia Civil deflagrou duas novas operações de combate ao crime de agiotagem nas prefeituras do Maranhão na manhã desta terça-feira (5). A ação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate a Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público, e faz parte das diretrizes do Governo do Maranhão no combate à corrupção e ao crime organizado. Ao todo, foram cumpridos 20 mandados, sendo cinco de prisão temporária, 12 de busca e apreensão e três de condução coercitiva. Também foram apreendidos veículos de luxo, computadores e vários cheques.

FOTO 1 - coletiva agiotagem (2)

As operações desencadeadas foram denominadas “Morta-Viva”, em alusão à criação de empresas em nome de pessoas já falecidas e “Maharaja”, em alusão ao município de Marajá do Sena, que está entre os municípios mais pobres do país.

Os alvos desta operação foram as prefeituras de Marajá do Sena, Bacuri e Zé Doca. Cerca de 50 policiais civis, entre eles delegados, participaram da mega-operação. O resultado da ação foi apresentado, na tarde desta terça-feira (5), na sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio de uma coletiva de imprensa. Participaram da coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, o adjunto da Polícia Civil, delegado Lawrence Melo, os delegados Roberto Fortes, Wang Chao e Guilherme Sousa, que compõem a comissão de investigação de agiotagem, e os promotores do Ministério Público Marco Aurélio Rodrigues e Marcos Valentim Pinheiro.

Prisões

Na operação, foram presos os prefeitos de Bacuri, Richard Nixon Monteiro dos Santos, e o de Marajá do Sena, Edvan Costa; o ex-prefeito de Marajá do Sena, Perachi Roberto Moraes; o contador da Prefeitura de Marajá do Sena, José Epitácio Muniz Silva, o Cafeteira; e Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, apontado como agiota nas investigações.

O ex-prefeito de Zé Doca Raimundo Nonato Sampaio, conhecido como “Natinho”, está foragido. Na residência do prefeito Edvan Costa, os policiais apreenderam uma pistola 380, um revólver calibre 38 e várias munições, além de jóias e dinheiro. Ele vai ser autuado em flagrante delito pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

Também foram conduzidos coercitivamente, Rui Clemencio Barbosa, suposto laranja em negócios da Prefeitura de Zé Doca; Francisco de Jesus Silva Soares, empresário suspeito de emitir de notas para as Prefeituras de Marajá do Sena e Zé Doca. Todos os suspeitos foram conduzidos para a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no bairro de Fátima.

Ao todo, 42 prefeituras estão sendo investigadas. Centenas de empresas estão envolvidas no esquema fraudulento de desvio de verbas no estado. De acordo com as investigações, só uma empresa desviou mais de R$ 46 milhões dos cofres públicos. Centenas de cheques foram apreendidos, totalizando valores exorbitantes. A fraude ultrapassa facilmente o valor de R$ 100 milhões.

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