Alckmin cancela viagem e busca fechar aliança com ‘blocão’
BRASÍLIA — Diante do fortalecimento do chamado “blocão”, com a adesão do PR, o PSDB montou uma força-tarefa para garantir o apoio do grupo ao pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin. Tucanos avaliaram nesta quinta-feira que as conversas “evoluíram bem” e que o movimento a favor do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, refluiu.
Nesta quinta-feira, Alckmin cancelou viagem que faria a Minas Gerais e ficará em São Paulo para conversas com dirigentes do “blocão”, reforçando a mobilização que iniciou na quarta-feira, quando esteve em Brasília. O ex-governador deve receber os presidentes do DEM, ACM Neto, do PRB, Marcos Pereira, do SD, Paulinho da Força, e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, representando o PP.
Até mesmo o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que liderava o movimento pró-Ciro, deve comparecer. O outro principal defensor do apoio do blocão ao pedetista, o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), optou por enviar Ribeiro como emissário.
Segundo tucanos e democratas, “o jogo virou em prol de Alckmin”. Mas um dirigente de partido disse ao GLOBO que não haverá anúncio nesta quinta-feira de uma posição consolidada.
— Revertemos o jogo. Se fosse hoje, o anúncio seria de apoio a Alckmin — disse um integrante do DEM.
Parlamentares do PP confirmaram ao GLOBO que Ciro Nogueira comunicou a integrantes do partido a decisão de apoiar Alckmin.
Mais cedo, em encontro na residência de Rodrigo Maia, o tucano Carlos Sampaio (SP) saiu otimista.
— Espero e estou na torcida para que o apoio vá para Alckmin.
Segundo participantes das conversas, o comportamento de Ciro foi fundamental nesta reversão. Eles não gostaram das ofensas a uma promotora e avaliaram que ele é “incontrolável”.
Da mesma forma, o coordenador político da campanha de Alckmin, Marconi Perillo, conversou hoje com o ex-deputado Valdemar Costa Neto, que controla o PR apesar de não estar filiado à sigla, e ainda com o presidente do PP, Ciro Nogueira.
Por outro lado, o presidente do PRB, Marcos Pereira, mesmo favorável a uma aliança com Alckmin, foi mais cauteloso. Ele diz que ainda é preciso fazer muitos ajustes e que é melhor esperar.
— Está dividido — afirmou. (O Globo)
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