Ações para educação inclusiva na UEMA são realizadas há 20 anos
A UEMA iniciou as ações para inclusão de pessoas com deficiência e/ou transtornos de desenvolvimento há cerca de 20 anos, quando criou o Núcleo Interdisciplinar de Educação Especial (Niesp). Em 2014, o núcleo foi reestruturado, tornando-se o atual NAU, Núcleo de Acessibilidade da UEMA, que visa a oportunizar a inserção e o acompanhamento educacional dos estudantes com algum tipo de deficiência, com diagnóstico de transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades, bem como os estudantes que apresentam dificuldades de mobilidade.
A coordenadora do NAU, Marilda de Fátima Lopes, explica como são resguardados todos os direitos das pessoas com deficiência, desde a inscrição no vestibular da UEMA: “Os candidatos que registram necessidade de atendimento específico no ato da inscrição do Vestibular são acompanhados. Existe uma comissão no departamento de concursos e vestibulares responsável pela análise de toda documentação, conforme legislação, para verificar a situação do candidato que se submeterá ao pleito”, afirmou.
Após aprovação no vestibular e o ingresso na Universidade os alunos são acompanhados de modo específico pela Instituição. Atualmente na UEMA são assistidos alunos com deficiência auditiva, deficiência física, baixa visão, cegos, com transtornos de desenvolvimento, autistas, com síndrome de borderline, doença de Crohn, esquizofrenia, entre outros. Os acadêmicos são acompanhados por profissionais do Núcleo, entre pedagogos, tradutor/intérprete de libras, ledor e transcritor de Braille e educador físico especial.
Para L.C, mãe de estudante com autismo que não quis se identificar, esse tratamento é uma preocupação da UEMA em proporcionar que esses alunos tenham condições de permanecer na Universidade e de se formar com qualidade: “O que tem acontecido na UEMA e que deveria acontecer em outras instituições também é que os alunos chegam e trazem seu perfil e os professores, técnicos, de um modo geral, se adéquam a essas realidades. A inclusão não é apenas oferecer cotas, a inclusão é dizer para esse cidadão que ele terá condições de cursar com qualidade, sendo que nessa perspectiva seus direitos serão respeitados e que eles serão orientados para seus deveres, isso é o que chamamos de cidadania plena e é isso que eu tenho encontrado aqui na UEMA”, disse.
O Núcleo de Acessibilidade da UEMA oferece diversos procedimentos educacionais especiais dependendo das características do comprometimento do aluno, como apoio pedagógico (ledor, transcritor de braile, revisor, monitor especial, etc.), atendimento educacional e metodologias especializadas.
Os docentes e servidores da UEMA também são orientados pelo núcleo. O NAU oferta, ainda, cursos de libras, disciplina de libras nos cursos de licenciatura, materiais ampliados ou em braile, auxílio ópticos, tradutor/intérprete de libra, cartilhas de orientação, além de manter uma interação direta com a família do acadêmico quando o aluno apresenta maiores comprometimentos.
Segundo o diretor do curso de Engenharia da Computação da UEMA, Rogério Moreira Lima, cada vez mais a Universidade tem recebido alunos com alguma deficiência e/ou transtornos de desenvolvimento: “Nós temos trabalhado essas demandas diferenciadas juntos aos docentes e tem sido muito gratificante essa participação e interação em parceria com NAU, pois é um desafio para todos nós, no sentido da oferecer apoio a esses alunos e promover esse processo de inclusão social”, afirmou o professor.
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