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Ação da Polícia Federal pode mudar relação entre Dilma e Lula

Divisor de águas Apesar da indignação em alta no Instituto Lula, o ex-presidente da República deu sinais de que se cansou de defender no Palácio do Planalto a demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O indicativo mostra que a ação da PF na empresa de um de seus filhos adiciona um ingrediente emocional até hoje ausente nas críticas do petista à gestão da sucessora. Aliados avaliam que a Operação Zelotes tem tudo para se tornar um marco na relação entre criador e criatura.

Avesso Integrantes do governo afirmam que, ao atingir o filho, a polícia “simbolicamente entrou na casa de Lula”. Segundo essa análise, os investigadores da Lava Jato perderiam o “constrangimento” de avançar sobre outros familiares do ex-presidente.

Eu não No depoimento que prestou à PF, o ex-ministro Gilberto Carvalho disse que o lobista Mauro Marcondes pediu sua ajuda para prorrogar a medida provisória que beneficiava o setor automobilístico. Aos delegados, Carvalho disse que não levou o pleito adiante.

Bilhete A delegada que conduziu o interrogatório mostrou um pedaço de papel escrito por Marcondes: “café com Gilberto Carvalho”. O petista mostrou sua agenda para provar que, na referida data, estava em Roma em missão oficial.

Tudo certo Ao contrário dos rumores de estremecimento da relação, Dilma diz na mensagem de aniversário que gravou para Lula que o padrinho foi e continua sendo “um parceiro incondicional de todas as horas”.

Significa? Mais adiante, a presidente afirma que “o que o nosso aniversariante sempre nos dá como lição é a sua capacidade de enfrentar as adversidades da vida. De superar as barreiras que, à primeira vista, nos parecem intransponíveis”. (Folha de São Paulo)

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