A sopa de climão que Flávio Dino serviu ao prefeito de São Paulo
O climão que se instalou na relação entre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, parece bem longe de se dissipar. Dino voltou a afirmar nesta semana ter oferecido ajuda ao prefeito para lidar com o problema na Cracolândia, mas disse ter ficado no vácuo. O prefeito não só nega como afirma que continua à espera de algum desdobramento de promessas feitas pelo ministro.
As tais juras de colaboração foram feitas em março deste ano. Dino teria procurado Nunes depois de o presidente Lula ter chamado a atenção para casos de violência no centro de São Paulo. Foi nessa conversa, inclusive, que o prefeito diz ter feito ao ministro dois pedidos – o de que aceitasse discutir uma portaria para reforçar o poder das Guardas Civis Metropolitanas e o de apoio para o uso de câmeras com reconhecimento facial para o combate à violência.
Essa conversa foi relatada em detalhes pelo ministro a esta colunista, durante entrevista concedida em abril ao Amarelas On Air, programa de entrevistas de VEJA.
Embora a palavra Cracolândia não tenha sido citada expressamente, o noticiário recente sobre o assunto reacendeu o embate. Dino de fato ofereceu forças da Guarda Nacional. Mas o prefeito teria pontuado que esse tema deveria passar pelo governador Tarcísio de Freitas, considerando a competência em relação à área de Segurança Pública. (Da Veja)
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