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À Difusora, Lula diz que só será candidato se for para enfrentar Moro e Huck e cita Flávio Dino como opção

O ex-presidente Lula cogitou que pode novamente disputar as eleições, apesar da Lei da Ficha Limpa o tornar inelegível hoje por conta da condenação em 2º grau no caso do triplex do Guarujá. Segundo Lula, ele seria novamente candidato caso o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro e o apresentador Luciano Huck fossem candidatos.

“Se o Moro for candidato, se o Huck for candidato, candidatos da Globo, se eu tiver com saúde pode ficar certo e eu ver que tenho chance de ganhar as eleições deles, fique tranquilo que eu não deixarei a Globo governar esse país”, disse Lula em entrevista ao programa Ponto e Vírgula da rádio Difusora nesta quinta-feira (21).

Em caso de não concorrer, Lula citou outros possíveis candidatos, entre os quais o ex-ministro Fernando Haddad (PT) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). “Eu não preciso ser candidato outra vez, vou estar com 77 anos de idade, apesar de achar que estou jovem e vou viver até os 120 anos. O PT tem muita gente boa, tem o companheiro Haddad. O PCdoB tem o Flávio Dino. Eu quero ser cabo eleitoral”.

Questionado sobre a unidade do campo de oposição ao presidente Bolsonaro, Lula declarou que não se alia com o ex-governador Ciro Gomes e a ex-senadora Marina Silva.

“Juntar todo mundo pra que? A Marina escolheu outro caminho. Que Deus a abençoe. O Ciro decidiu que quer o voto de quem odeia o PT. Que vá com Deus. Se for possível construir um projeto pra reconquistar a democracia, tamo junto. Mas na eleição cada partido político tenha seu candidato no primeiro tuno e no segundo se junta.Cada um vai tocar seu projeto”, disparou.

Aliado da família Sarney em duas eleições no Maranhão contra Flávio Dino, Lula não esqueceu de elogiar o ex-senador José Sarney. “O Sarney foi um companheiro da mais alta qualidade, da mais alta lealdade”, enalteceu.

Instado a fazer algum tipo de mea-cula, Lula admitiu forçadamente que houve corrupção, porém demonstrou irritação com o tema e ainda afirmou que regularia os meios de comunicação no Brasil.

“Se eu mesmo tiver que fazer crítica a mim, pra que oposição. Eles que façam crítica, pô. Hoje eu tenho uma autocrítica muito forte, eu deveria ter regulamentado os meios de comunicação desse país”, disse.

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