Bens sequestrados durante Operação Mormaço são destinados a ações sociais
Duas arenas esportivas e uma casa cujo sequestro foi determinado pela Justiça, a pedido do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão, e da 1ª Promotoria Criminal da Comarca de São Luís serão usados pelo Município de Timon, em ações sociais.
A decisão, proferida, em 22 de junho, pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados, também determinou a apreensão e a indisponibilidade de 29 veículos, além da interdição de uma revendedora de automóveis (Modelo Veículos) e duas lojas de autopeças (Adolfo Autopeças), que tiveram suspensas suas atividades. Assinaram a sentença os juízes Raul José Goulart Júnior, Marcelo Elias Oka e Francisco Ferreira de Lima.
As solicitações do MPMA foram realizadas durante a Operação Mormaço, em junho de 2021, com o objetivo de desarticular uma facção com atuação interestadual. O valor resultante das atividades ilícitas era aplicado em agências de veículos, arenas esportivas e aquisição de imóveis, visando dificultar o rastreamento. As investigações detectaram movimentações de ativos de, aproximadamente, R$ 90 milhões.
Segundo o promotor de justiça Francisco Fernando de Morais Meneses Filho, os imóveis cedidos ao Município de Timon estão entre outros 15 sequestrados, nas cidades de Caxias e Teresina, no Piauí.
“As medidas são resultado do esforço do MPMA para ressarcir a sociedade em função dos danos causados pelas organizações criminosas. Diante disso, após a decisão judicial, o Município de Timon assumiu a gestão dos imóveis, para conservar os bens indisponíveis e revertê-los em prol do interesse social”, explica o representante do Ministério Público.
As atividades nas arenas serão relacionadas a esporte e a lazer, além de treinamentos da Guarda Municipal. A residência abrigará um programa municipal de atendimento a idosos.
VEÍCULOS E ESTABELECIMENTOS
Os veículos e imóveis apreendidos pertencem a pessoas vinculadas à distribuição e comercialização de drogas nos estados do Maranhão e Piauí, além de lavagem de dinheiro, com empresas para escoar os valores resultantes de negócios com drogas ilícitas, armas de fogos, veículos e peças de automóveis, entre outras atividades.
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