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Gás natural impulsiona descarbonização e reforça competitividade da indústria

Experiências no ES e na Vale no Maranhão apontam caminho para transformação energética e atração de novos investimentos

O gás natural, além de alternativa mais limpa na transição energética, é também vetor estratégico para o futuro energético do Brasil

O gás natural está se consolidando como uma das principais ferramentas para acelerar a transição energética no Brasil e reduzir emissões de gases de efeito estufa em setores intensivos em energia.

Mais limpo que carvão e óleo combustível, o energético oferece uma solução de transição para indústrias que precisam reduzir emissões sem comprometer competitividade.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o gás natural pode reduzir em até 50% as emissões de CO₂ em processos industriais de alta intensidade energética quando substitui combustíveis mais poluentes.

Para o Brasil, o potencial é ainda maior devido ao avanço de novos terminais de regaseificação, gasodutos e ao aumento da oferta de gás do pré-sal.

VALE APOSTA NO GÁS PARA REDUZIR EMISSÕES NO MARANHÃO

No Maranhão, a Vale vem implementando um robusto programa de descarbonização em seu Corredor Norte, que engloba mina, ferrovia, usina de pelotização e o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira. A companhia investe em alternativas como locomotivas elétricas, biodiesel de alta qualidade e no uso de gás natural como combustível de transição.

A meta da mineradora é reduzir em 15% as emissões até 2035, apoiando a indústria local na adoção de tecnologias inovadoras de baixo carbono e fomentando iniciativas como o programa de desenvolvimento de fornecedores da macrorregião do Itaqui-Bacanga, que visa gerar empregos e estimular a economia regional.

Esses e outros dados foram apresentados na sede da Fiema, no evento “Conhecendo a Indústria”, que teve a Vale como convidada para a apresentação “A Representatividade da Vale no Maranhão”.  A empresa foi representada pelo diretor de Operações Portuárias, Walter Pinheiro, que destacou as contribuições da mineradora e suas práticas de sustentabilidade, incluindo seu processo de descarbonização com uso do gás natural.

ESPÍRITO SANTO: EMISSÕES CAEM COM ADOÇÃO DO GÁS NATURAL

O impacto positivo da substituição de combustíveis fósseis mais poluentes pelo gás natural já é visível no Espírito Santo, onde a redução de emissões de gases poluentes foi equivalente à retirada de todos os carros de Vitória das ruas.

Essa conquista foi possível graças ao uso crescente de gás natural nas indústrias e na geração de energia, demonstrando o papel do energético como vetor de competitividade e sustentabilidade para a economia capixaba.

MARANHÃO PRECISA AMPLIAR ACESSO E COMPETIÇÃO NO MERCADO DE GÁS NATURAL

O exemplo do Espírito Santo e a estratégia da Vale apontam para um caminho promissor, mas o Maranhão ainda enfrenta desafios. A infraestrutura de transporte e distribuição de gás natural precisa ser expandida, e é fundamental atrair novos players para o mercado de fornecimento, garantindo preços competitivos e segurança de abastecimento.

Especialistas defendem que o estado aproveite o momento de transição energética para estimular projetos de descarbonização em setores como siderurgia, cimento e cerâmica, todos com forte presença na região. Com o gás natural, esses segmentos podem reduzir sua pegada de carbono e manter o Maranhão competitivo no cenário nacional e internacional.

A combinação de oferta crescente de gás natural, investimentos privados e políticas públicas pode transformar o Maranhão em um polo de indústria de baixo carbono, atraindo novas empresas e criando empregos qualificados.

O movimento iniciado pela Vale e o sucesso capixaba no uso do insumo são sinais claros de que o gás natural não é apenas uma alternativa de transição, mas um vetor estratégico para o futuro energético do Brasil.

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