Professora Ceres Murad será empossada na Academia Maranhense de Letras

A educadora e escritora Ceres Murad vai ocupar a cadeira de nº 4, na Academia Maranhense de Letras
A Academia Maranhense de Letras (AML) receberá a reitora da UNDB, professora doutora Maria Ceres Rodrigues Murad, como a mais nova acadêmica da casa.
A cerimônia, que acontece na próxima terça-feira (29), às 19h, na sede da AML, seguida de coquetel no Convento das Mercês, será presidida pelo desembargador Lourival de Jesus Serejo Sousa, presidente da instituição; e terá como orador de recepção o acadêmico e desembargador federal Ney de Barros Bello Filho
A nova imortal ocupará a Cadeira nº 4, patroneada pelo jurista e pensador Cândido Mendes de Almeida, que se encontrava vaga desde o falecimento do escritor Joaquim Itapary.
Doutora em Psicologia da Educação pela PUC de São Paulo e reitora do Centro Universitário UNDB, por três décadas Ceres foi diretora pedagógica do Colégio Dom Bosco do Maranhão, fundado por sua mãe, a educadora Maria Izabel Rodrigues.

O desembargador federal e acadêmico Ney Bello Filho fará a saudação da nova imortal, professora doutora Ceres Murad, em sua posse na Academia Maranhense de Letras
Ela recebeu o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação, a mais alta honraria da área de educação, concedida pela Câmara dos Deputados em 2003, pelo projeto de sua autoria “Ópera para Todos”. Fruto de sua densa pesquisa acadêmica, o “Ópera para Todos” é uma metodologia proprietária e inédita, desenvolvida por Ceres e que usa os recursos artísticos da ópera, para alfabetizar de forma diferenciada as crianças, ao mesmo tempo em que desenvolve competências socioemocionais por meio de atividades de leitura, escrita, dramatização, música e arte. Desde o ano de 1997, o projeto é realizado com alunos do Colégio Dom Bosco. Anos depois, em forma de um projeto social, chegou às escolas públicas em São Luís.
No campo da Literatura, sua produção contempla a publicação de artigos científicos em revistas nacionais e internacionais; livros didáticos, de crônicas e de poesia, dentre os quais “A Terra é azul como uma Laranja” (Grupo Dom Editora, 2023); “De Beyoncé a Habermas: o que eu disse a jovens profissionais” (Grupo Dom Editora, 2019); “Ópera na Escola” (Ed. Senac/SP, 2009); “Trabalhando Ópera com crianças” (Ediouro, 2000); e “Pedra da Memória” (Sioge, 1978). Ceres publicou também as Coleções “Janelas” (Grupo Dom Editora, 12 volumes, 2017); “Terra, Cultura e Tempo Futuro” (Grupo Dom Editora, 3 volumes, 1990); e “Ópera para Todos” (Ediouro e Grupo Dom Editora, 8 volumes, 2000 a 2023). Mais recentemente, publicou o livro de poesias “A Raposa Surda” (Grupo Dom Editora, 2024).
A eleição de Ceres Murad, ocorrida em primeiro escrutínio no dia 5 de dezembro de 2024, representa não apenas a continuidade da excelência literária e intelectual que a cadeira que pertenceu ao ilustre Cândido Mendes de Almeida demanda; mas também um avanço concreto na representação feminina na AML.
Sua posse na AML é um tributo à contribuição intelectual das mulheres que, como ela, imprimem na história cultural do estado marcas de excelência, inovação e compromisso com a educação e a literatura.
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