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Desenvolvimento da liderança, saúde mental e comunicação interna são as prioridades em gestão de pessoas para 2025

7ª edição da pesquisa “Tendências em Gestão de Pessoas” aponta o cenário e as perspectivas em temas como diversidade e inclusão, ESG e sustentabilidade, saúde mental, desenvolvimento de pessoas, formatos de trabalho, benefícios, inovação e tecnologia

Relatório está ainda mais robusto com análise nacional, por região, setores e funciona como bússola para gestores de todas as áreas e permite visão do mercado de trabalho nacional

Daniela Diniz, diretora de Conteúdo & Relações Institucionais no Ecossistema Great People & Great Place to Work

O ecossistema Great People/Great Place To Work divulgou as conclusões e análises da 7ª edição do Relatório de Tendências em Gestão de Pessoas para 2025. A pesquisa foi realizada mais de 2,1 mil pessoas, em diferentes posições, contemplando 20 estados, 22 setores com ênfase em tecnologia, telecomunicações, indústria, serviço, atacado, varejo, consultoria e treinamentos, saúde e financeiro.

Na média nacional, a capacitação da liderança (40%), a saúde mental (31%) e a comunicação interna (27%) tiram o sono dos líderes e gestores de RH. Em seguida, outros temas como disseminação da cultura organizacional, comprometimento das pessoas e experiencia do colaborador estão na lista.

A SEGUIR, AS PRINCIPAIS CONCLUSÕES DOS TEMAS PESQUISADOS:

Nível de otimismo e contratação: 51% pretendem contratar e 33% esperam manter os quadros, especialmente no agronegócio e logística. Áreas de suporte, vendas, relacionamento e tecnologia estão em alta.

  • A pesquisa revelou que, apesar da intenção de contratação, 59% das organizações têm dificuldade para preencher as vagas em aberto e, para a maioria delas (64%), o maior empecilho é a falta de profissionais com qualificação para o cargo. Dentre os setores com maior dificuldade para contrata estão: Indústria, Tecnologia e Telecomunicações e Serviços. “A maioria das empresas que atuam no modelo remoto não têm dificuldade para preencher vagas em aberto, ao contrário das que adotaram os modelos híbrido e presencial”, explicou Daniela Diniz, diretora de Conteúdo & Relações Institucionais no Ecossistema Great People & Great Place to Work.

Diversidade e Inclusão: A queda do tema na lista de prioridades, que já era vista nos últimos anos, segue em 2025.

  • Em 2025, o tema está 12ª posição de prioridade. Dentre os respondentes, 74% das empresas não têm uma área destinada para a Diversidade e Inclusão, índice alto se considerar as diferenças sociais no Brasil.
  • Em relação ao orçamento destinado para as práticas de inclusão em 2025, 51% afirmaram que não existe verba para este fim.
  • Em 27% das empresas, o valor para ações de D&I se manteve de 2024 para 2025. Já em 4% houve redução.
  • Este cenário contrasta com a realidade social. Pessoas de grupos sub-representados (mulheres, PCDs, LGBTI+, pessoas pretas, refugiados, indígenas, entre outros) ainda sofrem para conseguir oportunidades equivalentes dentro do mercado de trabalho.

ESG e Sustentabilidade: 44% dos respondentes afirmaram que a agenda ESG é estratégica e que a empresa acredita como necessária para a longevidade do negócio, no entanto, para 25% a pauta não é estratégica número ainda expressivo considerando a relevância e urgência do tema no mundo corporativo.

  • 58% das empresas não têm orçamento dedicado ao ESG, sendo que 29% das empresas não têm, mas pretendem investir na área; enquanto 28% afirmaram não ter orçamento, nem a intenção de investir nisso em 2025.

Saúde mental: tema que mais tem se fortalecido nas últimas edições da pesquisa e em 2025 ocupa um lugar de ainda mais destaque, pois foi considerada a segunda maior prioridade de gestão de pessoas.

  • Cresceu o orçamento nas empresas. Em 2024, 53% responderam que a empresa não tinham orçamento. Neste ano, 59% das empresas afirmaram ter um orçamento dedicado para as ações.
  • Em análise realizada pela Great People Mental Health, empresa do ecossistema Great People, indica que os profissionais entre e o meio e o topo da pirâmide – lideranças média e alta – apresentam sinais maior de estresse e esgotamento no ambiente de trabalho. Diretores e C-Level apresentaram o índice de bem-estar emocional 15% menor que a média dos respondentes.
  • Entre os gerentes, supervisores e coordenadores, o índice também está abaixo, mas em menor escala: 5% menor que a média. O curioso é que os cargos nas pontas extremas: analistas e consultores e CEOs, o índice de bem-estar é superior à média: 2% e 3% respectivamente.

Formatos de trabalho:

  • O Modelo Presencial (51%) ultrapassa, o regime Híbrido (41%), mas tem consequências: empresas no modelo 100% presencial relataram mais dificuldades para preencher vagas em aberto do que as que estão no modo híbrido e mais ainda das que seguem no remoto.

Inovação e tecnologia:

  • 50% dos respondentes usam a IA no dia a dia para ações pontuais e quase 60% das empresas não ofereceram treinamento aos seus colaboradores. Os setores que mais se adaptaram ao uso da IA são contabilidade (80%), estética e beleza (75%), seguros (67%), jurídico (62%) e agência/mídia (62%).

Benefícios: o vale alimentação/refeição (88%), plano de saúde (84%), plano odontológico (72%). Na quarta posição, está um benefício associado à atividade física: convênios ou parcerias com academias e estúdio de atividade física ofertado por 57% das empresas. Fechando o as cinco primeiras posições está a participação de lucros, ela é oferecida exatamente pela metade das organizações (50%).

  • Em relação a licenças, a maioria das empresas adotam a prática básica: oferecendo licença-maternidade por 4 meses (68%) e licença-paternidade de 5 dias corridos (56%). A licença em caso de adoção é oferecida apenas em 32% das organizações. Esse percentual é bem próximo ao das empresas que oferecem licença-maternidade estendida (5 a 6 meses): 30%. Os casais homoafetivos são lembrados apenas por 18% das empresas, reforçando a dificuldade em torno do debate da diversidade e inclusão.

Perfil da amostra: a pesquisa Tendências de Gestão de Pessoas 2025 foi realizada entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025 com 2134 respondentes de diversos estados do Brasil e de organizações dos mais variados setores, sendo Tecnologia e Telecomunicações, Indústria e Serviços os mais alcançados.

São Paulo, Paraná e Minas Gerais são os estados com maior representatividade e, considerando o faturamento, atingimos empresas em todas as situações.

O relatório completo está disponível em https://conteudo.gptw.com.br/relatorio-tendencias-gestao-de-pessoas-atualizado

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