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Pobreza até quando?

JOSÉ OLÍMPIO DA SILVA CASTRO*

A pobreza, um problema complexo e persistente, assola milhões de pessoas ao redor do mundo. Em minhas experiências, participando de debates na Bélgica e em Portugal no início dos anos 2000, ficou claro que a discussão sobre a redução da pobreza transcende a mera análise de indicadores econômicos. A questão da População e Desenvolvimento, sob a lente do malthusianismo, sempre foi central, expondo a urgência de abordagens multifacetadas.

A complexidade da pobreza:

A pobreza não se resume à falta de recursos financeiros. Ela se manifesta na ausência de acesso a serviços básicos como água potável, saneamento, alimentação, habitação, saúde, transporte e educação. A falta de oportunidades e a desigualdade social agravam ainda mais a situação. Em um mundo onde a riqueza se concentra nas mãos de poucos, milhões vivem em condições precárias, sem acesso a direitos fundamentais.

Causas da pobreza:

As causas da pobreza são multifacetadas e complexas. A teoria malthusiana, que relaciona o crescimento populacional à escassez de recursos, ainda ressoa nos debates atuais. No entanto, a falta de vontade política dos governantes, a desigualdade social, a corrupção e a má gestão dos recursos públicos são fatores determinantes. A concentração de terras e a falta de acesso a tecnologias agrícolas também contribuem para a insegurança alimentar e a pobreza rural.

Soluções propostas:

Para combater a pobreza, é preciso adotar uma abordagem integrada e multidimensional. A garantia de acesso a serviços básicos como água potável, saneamento, alimentação, saúde, educação e transporte é fundamental. O investimento em tecnologias agrícolas, como a irrigação, pode aumentar a produção de alimentos e gerar renda para as comunidades rurais. A implementação de políticas públicas que promovam a igualdade social, a geração de emprego e renda, e o combate à corrupção são essenciais. O papel das universidades é crucial na pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras para os problemas sociais.

Conclusão:

A erradicação da pobreza é um desafio complexo, mas não impossível. Acreditamos que com vontade política, investimentos adequados e a participação da sociedade civil, podemos construir um mundo mais justo e igualitário, onde todos tenham acesso a uma vida digna. A democracia será uma utopia enquanto existirem pessoas passando fome e outras privações. As universidades, como centros de conhecimento e debate, têm um papel fundamental na busca por soluções para os problemas sociais, e com o apoio do governo e propostas científicas, qualquer problema pode ser solucionado.

*Licenciado em Educação e em Serviço Social. MBA em Políticas Públicas. Professor aposentado do Instituto Federal do Maranhão (ex-Escola Técnica Federal do Maranhão) e da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), tendo sido professor durante 15 anos do Curso de Formação de Oficiais (CFO), da Polícia Militar do Maranhão (PMMA). É membro fundador da Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (Amclam), ocupante da cadeira nº 04, patroneada pelo Prof. Luiz de Moraes Rego.

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