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Especialista alerta para os riscos de misturar álcool com medicamentos

Ingerir álcool e tomar remédio não é recomendado

Os riscos de interação entre álcool e medicamentos trazem consequências que podem levar até a morte. O professor do curso de Farmácia da Estácio, Dino César, explicou que consumir bebida alcoólica e tomar um medicamento que deprima o sistema nervoso central para reduzir a agitação e a estimulação pode ter efeitos cumulativos. “Juntos, eles podem deixar esse indivíduo mais sonolento, diminuir sua respiração e batimentos cardíacos e, em casos extremos, levar a um estado de coma e à morte”, alertou.

Nesse contexto, a combinação de álcool e medicamentos pode levar a uma sobrecarga do organismo. Além disso, o efeito do remédio pode ser reduzido ou até anulado, além de debilitar o fígado. Dependendo do medicamento, ele pode permanecer até 72 horas na circulação sanguínea. “Quando você ingere uma bebida alcoólica, caso esteja de estômago vazio, após 30 minutos, chegará à corrente sanguínea e irá circular todo o corpo, ocorrendo a associação com o medicamento. Durante esse percurso, ela passa pelo fígado onde é transformada para ser eliminada do organismo. E isso vai depender da quantidade de álcool ingerida”, explicou o farmacêutico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo médio anual de álcool por pessoa é de 6,4 litros. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil apresenta um número acima da média internacional, com consumo de 8 litros por pessoa a cada ano. O especialista também explica que fazer uso de medicamentos isentos de prescrição, deve ser usado com cautela.

No caso da combinação do álcool com a dipirona, o efeito do álcool pode ser potencializado; com o paracetamol ocorre um aumento do risco de hepatite medicamentosa e no uso associado com o ácido acetilsalicílico aumenta-se o risco de sangramentos no estômago. Se vai ingerir bebida alcoólica e faz uso de medicamentos seja de uso contínuo ou isentos de prescrição, como por exemplo, analgésicos (para dores de cabeça e em geral) e antitérmicos (para febre), procure o farmacêutico, ele é o profissional adequado para dar essa orientação”, finalizou.

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