Mulher desapareceu na manhã de sábado (28), ao sair do trabalho, no São Francisco, e foi localizada na noite de domingo (29), na Estrada da Maioba, apresentando um ferimento na cabeça

A enfermeira Vânia Regina foi localizada na Estrada da Maioba, desorientada e apresentava um corte na região da cabeça

A Polícia Civil, por meio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), está realizando investigações com o objetivo de esclarecer as circunstâncias que levaram ao desaparecimento da enfermeira Vânia Regina dos Santos Vieira, de 48 anos, ocorrido na manhã do último sábado (28), após ela sair de um condomínio no qual trabalha, no bairro do São Francisco, em São Luís. A mulher foi encontrada na noite de domingo (29), na Estrada da Maioba, em Paço do Lumiar, desorientada e apresentado um corte na cabeça.

Ainda na manhã de sábado, após não conseguirem falar mais com a enfermeira, familiares e amigos usaram as redes sociais para fazer apelo por informações que levassem ao paradeiro dela. Quando desapareceu Vânia Regina trajava calça jeans, blusa na cor laranja neon e carregava uma mochila preta. Essas características foram mostradas por câmeras de segurança, instaladas em residências da rua na qual está localizado o condomínio do qual a enfermeira saiu, antes de desaparecer.

LOCALIZADA NA ESTRADA DA MAIOBA

Conforme informações obtidas pelo Jornal Pequeno, a enfermeira Vânia Regina foi encontrada por volta das 23h, na Estrada da Maioba (MA-204), no município de Paço do Lumiar. Segundo repassado por populares, aos policiais militares que atenderam à ocorrência, ela estava desorientada e transitava pela rodovia, correndo risco de ser atropelada. Também foi dito que a mulher parecia estar em estado de choque, apresentando um corte na cabeça. Ao ser localizada, a enfermeira já estava trajando uma blusa branca, com desenhos que lembravam a campanha Outubro Rosa, diferente da que usava no dia em que desapareceu.

Em seguida, os militares comunicaram o fato aos familiares, tendo o marido da enfermeira se dirigido ao local e a reconhecido. A mulher foi atendida por uma equipe do Corpo de Bombeiros, que a transportou para o Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão 1, na região central de São Luís, para que recebesse os atendimentos médicos necessários.

A INVESTIGAÇÃO

Nessa segunda-feira (30), a reportagem do JP conversou com o delegado George Marques, superintendente da SHPP, a respeito das investigações para esclarecer as circunstâncias que levaram ao sumiço da enfermeira Vânia Regina. Ele disse que, ainda no sábado (28), a Polícia Civil foi informada sobre o desaparecimento da mulher, após ter ido ao seu serviço, no São Francisco, e não mais retornado para sua casa, que seria no Conjunto do Bequimão.

“Nós estávamos investigando para tentar localizar o paradeiro dela. Até refizemos o percurso que ela poderia ter feito do condomínio, no São Francisco, até sua residência, no Bequimão. E, durante esse período de investigação, à noite, fomos informados que a mesma havia sido achada, apresentando situação de vulnerabilidade; andando pela Estrada da Maioba, inclusive, fazendo com que alguns carros fossem obrigados a desviar, para que evitassem atropelá-la. Algumas pessoas a reconheceram como sendo a mulher desparecida, comunicaram aos familiares, que foram até o local e, de fato, concluíram se tratar da enfermeira Vânia Regina”, explicou George Marques.

O delegado afirmou, ainda, que a mulher apresentava um corte na região da cabeça, que provocou sangramento. Ele ressaltou que não era sabida, até ontem, as circunstâncias do corte, o que vai demandar uma investigação mais aprofundada e, principalmente, ouvir o depoimento da enfermeira, que estava hospitalizada e sem condições de conversar com a polícia. “Estamos aguardando a melhora dela, para que, de fato, possamos descobrir o que aconteceu. Não estamos especulando nenhuma hipótese; somente ela poderá nos ajudar o que realmente ocorreu”, disse.

George Marques informou, no entanto, que a investigação prossegue mesmo sem o depoimento da enfermeira. Inclusive, que já teriam sido ouvidos familiares e pessoas que trabalham com a mulher, ainda que informalmente.