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Dependência química vai ser debatida neste sábado (23), na Procuradoria Geral de Justiça

Palestras informativas e preventivas fazem parte da programação

O psiquiatra Ruy Palhano, além de fazer parte da organização, será um dos palestrantes do evento

POR LUCIENE VIEIRA

Neste sábado (23), será realizado o evento presencial “Dependência química: um hiperfoco nas famílias”. Haverá palestras de profissionais da saúde, das 8h às 17h, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, localizado na Avenida Professor Carlos Cunha, no Calhau. O evento é organizado pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras drogas, com apoio do Instituto Ruy Palhano.

As palestras serão ministradas por Alessandra Diehl, Bruno Bacellar Palhano, Glenda Suellen da Silva Brito, Kamyla Fortaleza, Maria da Conceição Marque, Raphael Mestres, Raquel Constantino Nogueira e pelo médico psiquiatra Ruy Palhano. As inscrições podem ser feitas pelo site abead.com.br

O Instituto pertence ao psiquiatra Ruy Palhano, que tem 43 anos em psiquiatria. Ruy é formado pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma), e é mestre em Ciências da Saúde. Ele também é especialista em dependência química, e é um dos criadores do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas. Por 25 anos, Ruy Palhano foi professor de psiquiatria na Ufma e Universidade Ceuma. Além de tudo, é escritor.

O psiquiatra Ruy Palhano informou ao Jornal Pequeno que a dinâmica das relações familiares é um fator importante que pode influenciar de forma positiva ou negativa quanto ao uso de drogas. “Nosso interesse como especialistas, no evento, é o de chamar a atenção para a necessidade cada vez maior de termos famílias equilibradas, para que algum dos problemas que as pessoas enfrentam na família seja um colaborador para o uso de drogas”, ressaltou Ruy Palhano.

A doença química é uma doença do cérebro. “Quando alguém faz uso de uma droga psicoativa, que tem uma ação no sistema nervoso central, isso significa que o mecanismo de ação dessa substância é intimidade da atividade cerebral. Se sabe que, desde 1965, por meio de pesquisas, que o ser humano tem circuitos específicos no cérebro para receber todas as drogas distintamente, ou seja, cada droga tem uma ‘rota’ específica, no ponto de vista neurobiológica”, frisou Ruy Palhano.

SINTOMAS DA
DEPENDÊNCIA QUÍMICA

O psiquiatra Ruy Palhano disse que há uma infinidade de fatores que interferem nos sintomas de quem é dependente químico. “Em geral, há três grandes situações. A primeira é a preferência pelo uso de drogas, em relação a outras atividades. O segundo sintoma é a tolerância. Se alguém começa com um cigarro de maconha por semana, daqui meses ou anos, este mesmo alguém poderá estar consumindo 20 cigarros de maconha por semana. Isto é um exemplo. O terceiro fator é a abstinência, a pessoa passa mal se fizer a interrupção da droga”, disse Palhano.

TRATAMENTO

De acordo com o psiquiatra, em princípio, o tratamento deverá ser feito de forma abrangente, considerando a possibilidade que a doença é progressiva. “O que se recomenda hoje é que as pessoas sejam encaminhadas para um tratamento, que pode ser feito de forma ambulatorial ou internação”, destacou Ruy Palhano.

Ruy informou que no Brasil, desde 2001, existem três modalidades de internação para pacientes psiquiátricos, entre os quais, os dependentes de drogas. “A voluntária, a internação involuntária, e a judicial. Esta última é aquela em que é determinada pelo Poder Judiciário. Se há uma pessoa consumindo droga de forma compulsiva e dirigindo um veículo, mesmo embriagado, então o juiz pode decidir pela internação desta pessoa, baseado em laudo médico”, concluiu Palhano.

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