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PM que matou comerciante na feira do João Paulo é condenado a 18 anos de prisão

“Seu Edison” foi morto a tiros de pistola ponto 40, na feira do João Paulo (Fotos: Francisco Silva e divulgação)

O sargento da Polícia Militar Reginaldo Nascimento Serra foi condenado a 18 anos de prisão, na terça-feira (24), em julgamento ocorrido no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Ele era acusado pelo assassinato do comerciante Edison Rodrigues Semeão Filho, de 53 anos, ocorrido na tarde do dia 7 de março de 2016, na feira do bairro do João Paulo. Além de ser condenado, o policial militar também perdeu sua função pública.

Conforme as investigações da Polícia Civil, no dia do crime o militar, que na época era cabo, estava de folga e teria atirado no comerciante sem que tivesse havido qualquer discussão entre eles. Porém, a real motivação da execução não foi detalhada no inquérito policial.

Na época do crime, o sargento Reginaldo chegou a confessar o crime, mas alegou ter sido em legítima defesa. Tese que foi rebatida pelo Ministério Público, levando em conta algumas circunstâncias ocorridas na cena do homicídio, a exemplo do total de tiros efetuados contra a vítima, 11, sendo que alguns foram feitos com Edison Rodrigues já caído ao chão.

Logo após o fim do julgamento, o sargento Reginaldo, que era lotado no 8º Batalhão da Polícia Militar (8° BPM), foi conduzido para o presídio do Comando Geral da PM, no Calhau. A defesa dele, feita por um defensor público, deve recorrer do resultado do júri.

Os tiros foram efetuados pelo sargento Reginaldo, condenado a 18 anos de prisão

ENTENDA O CASO

Na tarde do dia 7 de março de 2016, por volta das 16h, foi registrado um homicídio na área da feira do João Paulo, dentro de um bar, localizado na Rua Tabajara. À época, a polícia informou que Edison Rodrigues Semeão Filho, de 53 anos, ingeria bebida alcoólica no local, quando um policial militar se aproximou e atirou nele, que trabalhou durante cerca de 20 anos como revisor do jornal O Imparcial.

O soldado Anchieta, lotado no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), contou que “Seu Edison”, como era conhecida a vítima, tinha acabado de chegar ao bar, no momento em que foi surpreendido pelo suspeito, que ainda teria travado uma luta corporal com outro frequentador do estabelecimento, que tentou evitar que ele continuasse atirando. Os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) recolheram no chão da calçada do comércio algumas cápsulas, que seriam de uma pistola ponto 40.

A vítima morava na Rua Dr. Carlos Macieira, Quadra 25, no Bairro do Coroado, que fica perto de lá. “Seu Edison”, embora tenha trabalhado como revisor jornalístico por cerca de duas décadas (como descrito pela família), na época do crime, era dono de pontos alugados na referida feira e, também, de conjuntos de quitinetes localizados no Coroado.

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