Texto do Pr. Lusival Gaspar, publicado na PG do dia 12/05/24
TEMPO OPORTUNO
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3.1)
O tempo é um elemento que mereceu a devida atenção das Escrituras Sagradas. Assim, por exemplo, na “plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4-5). Noutras palavras, Jesus veio ao mundo para resgatar o pecador no tempo predeterminado pelo Pai, nem antes nem depois da época estabelecida desde a eternidade, porque o Cordeiro “foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13.8).
Se pode ser considerado um dado intangível por parte do homem, não sendo por ele alargado ou abreviado, o tempo se encontra sob o absoluto controle do Criador. Sob essa perspectiva, o próprio Deus predispôs o homem para cumprir cada propósito no tempo fixado na agenda celeste. Além de eventuais tarefas domésticas, que despertam o senso de responsabilidade e de solidariedade, não é dado à criança, por exemplo, exercer trabalho profissional, de modo a comprometer seu amadurecimento físico, mental e emocional. Isso é uma atividade própria da maioridade.
Assim como há tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar (Eclesiastes 3.5), o namoro também tem seu tempo oportuno, que nunca deverá se dar na infância, e que é mais aceitável numa idade próxima dos dezoito anos, e bem mais apropriado à época próxima da independência financeira, a fim de que os namorados resistam pelo tempo suficiente – nada além da conta – aos apelos da sensualidade, porquanto o tempo do sexo é somente dentro da relação conjugal, sob as bênçãos do Altíssimo.
Semelhantemente, há tempo para a chegada dos filhos, também no tempo do matrimônio, mediante planejamento prévio, que permita o mínimo necessário à subsistência da família. E o tempo da ruptura do vínculo matrimonial? É o tempo da morte de um dos cônjuges, salvo a hipótese de adultério ou em casos excepcionalíssimos, como os de violência doméstica, perversões sexuais e abuso de drogas e álcool.
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