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Texto do Pr. Lusival Gaspar, publicado na PG do dia 10/03/24

CHORO DE MÃE
“Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!” (Lucas 23.28)
Após ser sentenciado à morte de cruz, o Filho unigênito de Deus foi levado ao Calvário, lugar de sua execução. Numerosa multidão o seguia, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam. A esperança de libertação da nação de Israel do jugo de Roma parecia estar sendo sepultada juntamente com Jesus. Aquele homem justo, cheio de amor, misericórdia e graça pelos pecadores e oprimidos era o motivo do choro de piedosas e inconsoláveis mulheres. Ele, que tanto teve compaixão pela gente sofrida do lugar, recebia a compaixão das filhas de Jerusalém, manifestada em forma de pranto.
No entanto, Jesus possuía a exata dimensão de seu ministério. Afinal, embora a frustração tomasse conta do coração dos desesperançados e a tristeza arrebatasse a alma mais sensível, o momento era de indizível júbilo, pois o plano divino da salvação do homem do cativeiro do pecado estava sendo consumado com a entrega voluntária do espírito do Messias ao Pai celeste, após intensa agonia no Gólgota. Então, o choro daquelas mães não fazia sentido: elas deveriam chorar por si mesmas e por seus filhos.
Num mundo marcado pela dor e pelo sofrimento derivados do pecado, o Cristo nos orienta a chorar, não por ele, mas diante dele, porque o choro é a expressão de toda a nossa angústia e das necessidades mais recônditas do espírito. Choro é clamor, oração, derramamento do coração diante do altar do Senhor. É rendição e reconhecimento de absoluta dependência daquele que provê todas as coisas e promove livramento e socorro nas horas mais difíceis.
Chorar e lamentar por si mesmas e por seus filhos, aí está o desafio das mães de todos os tempos, porque os dias são maus e reclamam o cuidado de Deus em favor das famílias da terra. Porque o mundo jaz no Maligno, as famílias estão sendo submetidas diariamente à destruição. Famílias sem Cristo são famílias sem rumo e sem esperança. Ele, que ouviu o clamor das filhas de Jerusalém, quer ouvir e atender o lamento, em forma de oração, das mães de todo o mundo. Clame!

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