NOSSA LUTA DIÁRIA
(Êxodo 17:8-16)

Eis diante de nós um notável episódio, fatídico, histórico, registrado na Escritura a fim de que tenhamos esperança (cf. Romanos 15:4). Aqui lemos sobre Israel, indo do Egito para a terra prometida, e, nesta ocasião, sendo cruelmente perseguidos pelo povo de Amaleque. Moisés, o Capitão indicado por Deus, sobe ao monte para interceder, e a cada momento que suas mãos estão erguidas, há bênção; quando baixavam, havia derrota; mas Moisés já não era nenhum garoto, então levantam-se Arão e Hur, depois homens de Deus, para segurar as mãos do Comandante, sendo, assim coautores da vitória que Deus deu.

Nalgum sentido, esse texto representa nossa vida de todos os dias. Existe um sentido em que estamos num êxodo, deixando o Egito deste Mundo, governado por um Faraó chamado Satã, no qual éramos escravos; e buscamos uma Terra Prometida, a Cidade que tem Fundamentos (Cf. Hebreus 11).

Esse paralelo se estende para nos fazer ver o retrato de nossas lutas diárias. Se nossa causa é nobre, por que depararíamos com dificuldades e provações? Porque assim como a antiga nação de Israel, temos também um inimigo terrível, cuja maldade só não é maior do que o poder do nosso Senhor.

A passagem nos leva, em seguida, a refletir sobre a necessidade da bênção de Deus. Por que esse método peculiar relacionado às mãos de Moisés? É que o povo era rebelde, tendendo sempre a rejeitar o Líder que Deus indicou, dessa maneira rejeitando os caminhos que Deus aponta. Traduzimos assim: Precisamos de bênção de Deus para vencer as lutas diárias, sem Sua bênção, seremos derrotados pelas dificuldades da vida; mas a bênção está eternamente consignada à obediência. Você não pode querer as bênçãos de Deus, se rejeita os caminhos de Deus.

Veja, em seguida, que mesmo uma pessoa importante, e até mesmo em posição de alta responsabilidade, tem suas fraquezas e limitações. Por grave que fosse a situação, Moisés não era mais do que um homem, pó da terra, carne e sangue. E olha que estamos falando de um Herói da Fé! Quanto mais nós, que não estamos à altura do Patriarca da Lei. Sejamos conscientes de nossas limitações e do quanto precisamos cuidar de nós mesmos.

Então temos o retrato do auxílio. Todos, sem exceção, vivemos dois momentos: Momentos em que precisamos de ajuda, momentos em que podemos ajudar. É importante ser humildes a ponto de aceitar ajuda, é importantíssimo ser humildes a ponto de ajudar, sem querer aparecer nos holofotes. Arão e Hur não podiam abençoar o povo (lembre-se do ponto sobre os meios de Deus), mas podiam ajudar Moisés, e, consequentemente, usufruir das bênçãos da vitória. Muitos anos atrás um homem mau perguntou para Deus: Sou eu guardador de meu irmão?! (cf. Gênesis 4). Sabe qual é a resposta? Um sonoro SIM. Sejamos, portanto, bênção uns para os outros, auxiliando e dando apoio de todo coração.

Nossa luta diária: peregrinação; oposições; necessidade de bênção (atrelada eternamente à obediência); auxiliadores; vitória dada pelo Senhor. Que Deus estenda sobre você Suas mãos de te abençoe e proteja a cada dia!