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Texto do Bispo Mário Porto, publicado na PG do dia 11/02/24

ENCONTRANDO O MELHOR EM NOSSA PRÓPRIA COMPANHIA: transformando solidão em solitude

Você já se perguntou como podemos nos tornar nossa melhor companhia? A resposta pode estar na transformação da solidão em solitude. A solitude não é simplesmente estar sozinho, mas é a habilidade de se isolar para ler, ouvir música, refletir e, mais importante, buscar a própria identidade, conforme definiu Kierkegaard, é tornar-se só consigo mesmo.
A busca pela solitude é um ato de equilíbrio entre a companhia externa e a interior, reservando momentos preciosos para meditar e se autoavaliar. Jesus, nos evangelhos, frequentemente se retirava da multidão e dos discípulos para ter momentos a sós com o Pai, como está registrado em Marcos 1:35, “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.”
Assim como Jesus, precisamos diariamente de nossos momentos de solitude. Ao praticarmos essa arte, encontramos uma companhia valiosa em nós mesmos. Ouvimos a voz da consciência e do coração, permitindo- nos crescer interiormente. A solitude não é apenas um conceito filosófico, mas uma prática diária que pode enriquecer nossas vidas. É nesse espaço de tranquilidade que podemos descobrir nossas verdadeiras paixões, nossos pensamentos mais profundos e nossa conexão mais autêntica com o mundo ao nosso entorno e com Deus.
Quando abraçamos a solitude, aprendemos a nos apreciar e a encontrar alegria na nossa própria companhia. Ao invés de fugir da solidão, transformamos esses momentos em oportunidades de crescimento pessoal. Isso não significa se isolar do mundo, mas sim criar um espaço interior que nos permita compreender melhor a nós mesmos e, consequentemente, enriquecer nossos relacionamentos com os outros. É nesse espaço de quietude que encontramos respostas para nossas perguntas mais profundas e descobrimos uma paz que transcende as agitações do mundo exterior.
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Jesus, sendo um exemplo de equilíbrio e autenticidade, nos mostrou o valor da solitude. Se até Ele, em Sua jornada terrena, buscava momentos a sós com o Pai, podemos entender a importância desse hábito. A solitude não é uma fuga da realidade, mas uma imersão profunda em nossa própria essência.
Em um mundo constantemente conectado, encontrar tempo para a solitude pode parecer um desafio. No entanto, é nesses momentos de quietude que descobrimos nossa verdadeira essência. Transformar a solidão em solitude é uma arte que nos permite desfrutar da nossa própria companhia e, assim, enriquecer todas as áreas da nossa vida.
Ao cultivarmos a habilidade de nos retirar do tumulto do dia a dia, encontramos um espaço de paz e crescimento pessoal. A solitude não é uma fuga, MAS SIM UM PROFUNDO MERGULHO EM QUEM SOMOS. Portanto, reserve um tempo para estar consigo mesmo, descubra a riqueza da sua própria companhia e ouça as vozes que ecoam na sua consciência e coração. Afinal, na solitude, você estará bem acompanhado: de si mesmo.
Mário Porto

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