Texto do Pr. Jeferson Lustosa, publicado na PG do dia 28/01/24
*Cuidado para não acampar no esgoto*
Alguns cristãos pensam que uma das principais marcas do crescimento cristão é uma percepção permanente e permanentemente horripilada da corrupção interna de alguém. A verdadeira narina cristã deve estar continuamente atenta ao mau cheiro interior. Sentimos que a fidelidade exige que acampemos nas cavernas escuras e nos buracos nojentos dos nossos corações.
C.S.Lewis acha que isso não é uma boa ideia. Mas não é porque não somos tão corruptos assim. Somos tão corruptos assim. Os nossos corações realmente são nojentos. Quando você olha ali, é verdade que há profundezas e profundezas de amor próprio e pecado. Mas Lewis recomenda uma olhadela imaginativa da nossa pecaminosidade, não um olhar fixo. A olhadela é suficiente para nos ensinar a sentir, para nos humilhar para que não nos consideremos em mais alta conta do que deveríamos. Mas quanto mais olhamos, mais corremos o risco de cair em desespero. Ou pior, começamos a desenvolver uma tolerância ao esgoto, até um tipo de orgulho perverso com esse barraco pútrido.
Assim, precisamos cultivar a prática de honestidade imaginativa sobre o nosso pecado. Precisamos olhar para ele claramente e reconhecê-lo. Precisamos não o esconder ou tentar inventar desculpas para ele. Mas, igualmente, não podemos nos afundar nele. Precisamos saber que o pecado está nos nossos corações e precisamos sentir a feiura dele.
Nesta prática de honestidade imaginativa é que vamos descobrindo que o nosso pecado de não perdoar, por exemplo, nos deixa no esgoto que enlameia nosso coração.
O pecado de não perdoar cria mecanismos de justificativas, de fuga, sobretudo de medo que inebria e tira a lucidez.
Se o seu pecado hoje é um coração enxarcado pelo ressentimento e mágoa ou algo mau resolvido, não fuja, não se esconda, mas apresente seu coração Àquele que cobre e faz uma faxina completa, Cristo Jesus.
*Rev. Jeferson Lustosa*
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