Texto do Pr. Lusival Gaspar, publicado na PG do dia 26/11/23
“A casa e os bens vêm como herança dos pais; mas do Senhor, a esposa prudente.” (Provérbios 19.14)
Os pais formam patrimônio e, quando morrem, deixam tudo em herança para os filhos, porque desta vida nenhum bem material pode ser levado. Entretanto, nem só de móveis, imóveis e automóveis vive o homem, um ser moral e espiritual, que precisa sobretudo acumular valores eternos, que a traça e a ferrugem não consomem, e os ladrões não escavam nem roubam (Mateus 6.19-20).
Consoante as Escrituras Sagradas, os pais têm a grande responsabilidade de transmitir tesouros espirituais a seus filhos, por meio de ensinamentos e do testemunho pessoal. Contudo, uma esposa sensata, honrada e virtuosa não pode ser dada pelos pais a quaisquer de seus filhos. O máximo que podem lhes conceder é a orientação na escolha do cônjuge; com a própria experiência, demonstrar que o projeto do casamento bem-sucedido é sempre realizável; e, acima de tudo, orar pela escolha dos cônjuges a ser feita pelos filhos.
Mas, afinal, de onde vem a esposa prudente? De onde vieram Maria, mulher de José e mãe do Senhor Jesus, Joquebede, mulher de Anrão e mãe de Moisés, ou Sara, mulher de Abraão e mãe de Isaque, entre muitas mulheres valorosas? A Bíblia diz que vem do Senhor a esposa prudente, como precioso presente ao homem que o teme e o busca em sinceridade de alma e espírito. No entanto, não existe uma “alma gêmea” ou uma mulher única reservada a um filho de Deus: existem muitas mulheres de caráter e que são segundo o coração do Altíssimo, que podem ser feitas esposas daqueles que clamam por uma dádiva dessa natureza.
A plena dependência a Deus, a paciência, a persistência na oração e a fé na providência divina são atitudes necessárias ao alcance desse propósito. Não há qualquer escassez de mulheres piedosas, santas e puras (e também de homens com essas qualificações espirituais): há falta de submissão à orientação e vontade do Todo-Poderoso. Quando aguardamos o tempo certo do cumprimento da vontade de Deus para nossa vida, colhemos o maravilhoso fruto dessa espera, porque a vontade do Santíssimo é sempre boa, agradável e perfeita (Romanos 12.2).
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